Atual bicampeão, Chile é favorito contra o Japão na Copa América

Torneio chega ao último jogo da primeira rodada e coloca frente a frente a renovada equipe chilena contra a pouco expressiva seleção japonesa, que chega como convidada à competição

Legenda: Fuenzalida e Arturo Vidal são algumas das peças importantes do Chile para esta Copa América
Foto: Foto: AFP

Certamente você já ouviu a expressão: jogo dos opostos. E, com a licença do lugar comum, é assim que Chile e Japão vão estrear na Copa América, hoje às 20h, no Morumbi, em São Paulo.

Quando entrarem em campo logo mais à noite, para o encerramento da primeira rodada da fase de grupos da Copa América, Chile e Japão já estarão com pensamentos opostos sobre a competição. O Chile é o atual bicampeão. Venceu em 2015 e 2016, e, claro, quer manter a hegemonia. O Japão, por sua vez, sabe que não é favorito nem do grupo C. Os sul-americanos têm a maior média de idade da competição: 28,6; já os asiáticos a menor: 22,3 anos. Mas as duas seleções têm algo em comum: o discurso da renovação.

No Chile, por exemplo, o treinador colombiano Reinaldo Rueda fará a estreia em jogos oficiais no comando da Seleção. Novo comandante e os mesmos desejos dos chilenos: que Rueda repita os sucessos de Jorge Sampaoli e Juan Antonio Pizzi, a conquista da competição. Do último título de Copa América, em 2016, dez jogadores não fazem mais parte do elenco, entre eles o goleiro Claudio Bravo do Manchester City.

E esse processo de renovação não é radical. O Chile deve apresentar novidades, principalmente no setor defensivo e alguns outros jovens que vão ficar no banco de reservas. No entanto, a base vitoriosa e experiente está mantida com: Gary Medel, Jean Beausejour, Charles Aránguiz, Eduardo Vargas e, as principais referencias do time, Arturo Vidal e Alexis Sánchez.

Japão

A Seleção Japonesa fez da dificuldade uma oportunidade. Como é um país convidado a participar do torneio (essa é a segunda vez, a primeira foi em 1999), os grandes clubes europeus não tem a obrigatoriedade da liberação dos atletas asiáticos. Assim, o treinador Hajime Moriyasu, convocou a base do time sub-23 como forma de dar experiência aos atletas olímpicos. Ano que vem as olimpíadas serão disputadas no Japão. Do elenco vice-campeão asiático, em Janeiro, só dois jogadores estão presentes: Takehiro Tomiyasu e Gaku Shibasaki.

Até mesmo quando não é escolha própria, o Japão está sempre trabalhando para o futuro. E, como uma grande característica nipônica, o time não esquece a tradição, e tem o atleta mais experiente do torneio: o goleiro Eiji Kawashima, de 36 anos, que deve ficar no banco de reservas.

Para a estreia na Copa América, Chile e Japão serão os opostos não apenas no mapa mundi, mas também no favoritismo. Cabe aos atuais bicampeões a confirmação do rótulo de superioridade dentro de campo.


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