Análise: Tricolor conquista ponto importante no encerramento do turno

O resultado fora de casa ajudou o time cearense a se manter a 4 pontos do Z-4. Time de Zé Ricado mostrou nova face mais ofensiva, mas ainda necessita melhorar para não ter sustos na segunda metade da tabela

Legenda: Bahia e Fortaleza têm jogo decisivo por permanência na Série A
Foto: Foto: Felipe Oliveira/ Bahia

O empate por 1 a 1 com o Bahia na Fonte Nova deve ser comemorado pela torcida do Fortaleza. Invicto há 9 jogos e com somente uma derrota dentro de casa, o Tricolor baiano se impõe bastante em seus territórios, pressionando seus oponentes sem descanso. E Zé Ricardo não se amedrontou com isso. 

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O técnico do Leão lançou a campo um time mais ofensivo que o habitual, com Osvaldo comandando a dupla de ataque ao lado de Wellington Paulista, que pouco ajudou. No 4-4-2, o camisa 11 se adaptou bem à posição central nesse setor, flutuando pelo meio e abrindo pela entrada da grande área para a chegada dos pontas. 

Foi assim que o 1º gol surgiu. O atacante teve boa visão para conectar com Felipe Pires, que fez ótimo jogo pela ponta direita, abrindo o placar no começo do confronto, espantando a torcida local.

Porém, das falhas pontuais da defesa cearense, Carlinhos cometeu a principal: falta em Artur dentro da área. Gilberto não perdoou e converteu o pênalti. O ritmo não mudou, entretanto. O Bahia continuou com a pressão alta, empurrando o Fortaleza para seu campo. E o Leão do Pici não conseguiu responder. Felipe e Gabriel Dias não achavam Romarinho e Felipe Pires, que eram acionados basicamente nos contra-ataques. A segunda etapa trouxe um Bahia ainda mais dominante, e o Fortaleza teve dificuldade para reagir. A solução foi manter a defesa compacta, sem arriscar se lançar ao campo ofensivo, esperando pelas melhores oportunidades. 

Matheus Vargas entrou no lugar de Osvaldo e mostrou qualidade para armação, deficiência recorrente na equipe tricolor e que pode ser solucionada agora. 

Balanço do turno 

Apesar dos momentos oscilantes do Tricolor durante as partidas, o Fortaleza garantiu o que buscava para este 1º turno: se manter com alguma ‘gordura’ fora da zona da degola. Muito do estilo de Rogério Ceni permanece nas ideias de jogo do Fortaleza. Com Zé Ricardo, o 4-4-2 que espera pelo contragolpe ainda é utilizado na fase defensiva e em situações onde o time quer segurar o resultado. 

Tentando implantar um 4-3-3 que troca mais passes, Mariano Vázquez ganha mais espaço e a chegada de Vargas mostra a intenção do novo técnico de impor um ritmo que controle melhor a partida. O saldo do Leão é positivo, mas precisa evoluir para ter um segundo turno mais estável dentro do possível.