Análise: Fortaleza luta até o fim, mas perde para o Athlético e sai da Copa do Brasil

Leão do Pici vendeu caro a derrota, pois sofreu o gol quando tinha um jogador a menos, por causa da expulsão do lateral-esquerdo Carlinhos. Ainda assim, teve a chance de empatar, em cabeçada de Tinga, que o goleiro defendeu

A sequência vitoriosa do Fortaleza em competições tipo mata-mata no ano de 2019 chegou ao fim na noite de ontem, em Curitiba. Na capital paranaense, o Leão parou diante do Athletico, que venceu a partida de volta pelas oitavas de final da Copa do Brasil por 1 a 0 e avançou para as quartas.

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O placar em si e a eliminação do Tricolor poderiam até sugerir ao torcedor que não acompanhou a partida que a eliminação seguiu apenas a lógica esperada, ou seja, Furacão imbatível em casa, dominando as ações.

Na verdade, o que se viu foi um duelo limpo, em busca do gol, pois o Furacão tinha a sua força máxima, exceção do lateral-esquerdo Renan Lodi, que foi convocado para a Seleção Olímpica, e o Leão tinha vários desfalques.

Pode até parecer uma desculpa, mas o Tricolor não contou com os atacantes Kieza, Wellington Paulista, nem com o volante Juninho. Mesmo assim, fez frente ao Athletico, dificultando muito as coisas para o adversário.

Estratégia

Como não poderia repetir o seu modelo de jogo com quatro atacantes, o técnico Rogério Ceni procurou, pela primeira vez no ano, montar uma formação mais preocupada em se defender.

A meia cancha contou com dois volantes, Felipe e Araruna, e com um meia, no caso Marlon, que dobrava a marcação do lado direito com o lateral Gabriel Dias. A iniciativa era para impedir as investidas do meia Nikão e do lateral-esquerdo Márcio Azevedo, que constantemente buscavam concatenar tabelas pelo setor.

Tendo assumido a característica ofensiva desde o início da temporada, Rogério Ceni alterou esse modelo de jogo, por conta da necessidade.

A ideia era marcar forte e buscar os contra-ataques com os três velocistas, Romarinho, Marcinho e Osvaldo. Quando foi possível, o Leão buscou os arremates de fora da área com o lateral Carlinhos e com o volante Felipe. Os dois desferiram alguns chutes bem perto do gol do adversário.

No primeiro tempo, o Furacão buscou tocar a bola e cruzar para a área e alguns lances assustaram a defensiva, mas não redundaram em gol. O jogo transcorreu com grande movimentação, com chances de lado a lado. Para o Fortaleza, o difícil foi o segundo tempo, quando o Athletico mostrou um volume maior de jogo e contou com a expulsão do lateral Carlinhos, aos 36 minutos. Aos 43, em cruzamento na área, Marco Ruben cabeceou e marcou o gol da vitória e da classificação.

Ficha técnica - Copa do Brasil - Oitavas de final. Arena da Baixada, em Curitiba (PR). Data: 5 de junho -19h15

Athletico: Santos; Madson, Lucas Halter, Léo Pereira e Márcio Azevedo (Braian Romero); Wellington (Marcelo Cirino), Bruno Guimarães, Lucho González (Bruno Nazário) e Nikão; Rony e Marco Ruben. Técnico:Tiago Nunes.

Fortaleza: Felipe Alves; Gabriel Dias(Dodô), Juan Quintero e Roger Carvalho; Carlinhos, Felipe, Felipe Araruna, Marlon; Romarinho, Marcinho (Tinga), Osvaldo (Júnior Santos). Técnico: Rogério Ceni. Árbitro: Flávio Rodrigues de Souza(SP). Renda: R$ 241.625,00. Público: 15.797 pagantes. Cartões amarelos: Márcio Azevedo e Lucho González (ATH); Felipe Alves e Carlinhos (FOR). Cartão vermelho: Carlinhos (FOR)