A lição dada pelo Fortaleza

O futebol é um mundo fantástico de ensinamento e aprendizagem. Há os que acham que já sabem tudo. Esses, não raro, são surpreendidos em suas tolices e quebram a cara. Há os mais simples que sabem muito, mas preferem a humildade das coisas. O Fortaleza mostrou como se ganha uma vaga. E, com a categoria de um treinador que sabe o que faz, despachou o Vitória, aplicando-lhe uma goleada. Sem poupar, sem economizar forças, sem guardar para o amanhã, resolveu suas questões com uma formação ofensiva, insinuante, capaz de silenciar os medrosos que não assumem riscos. Ousar no futebol é jogar para frente, mas de forma responsável. É acreditar no seu potencial, sem desmerecer o potencial do adversário. O Fortaleza ousou. Colocou Wellington Paulista e Junior Santos. Não os guardou para futuros embates. Colocou-os em ação juntos, num recado direto ao Vitória. A proposta de execução sumária atropelou o visitante. Aparvalhado, este desabou ante um Leão dominador, consciente de seus objetivos e sabedor dos caminhos que levam à vitória. Quem guarda com fome o gato vem e come. O Fortaleza não guardou. Que bela exibição.

Vantagem

O Ceará tem dupla missão hoje: ganhar a vaga na fase final e, com uma vitória sobre o Floresta, manter a vantagem de dois resultados equivalentes sobre o Fortaleza na decisão do campeonato. Um empate do Ceará no jogo de hoje transferirá ao Fortaleza a vantagem acima referida.

Pressão

Depois da derrota para o Náutico, que eliminou o Ceará da Copa do Nordeste, resta ao Vozão a luta pelo tricampeonato estadual. A insatisfação da torcida virou pressão radical. Uma nova derrota hoje remeterá o Alvinegro a uma profunda crise, inclusive de imprevisível consequência. Dizem que o título estadual não tem mais valor, mas ninguém aceita perdê-lo, principalmente se o adversário for o maior rival.

Proveito

O bom time do Floresta poderá tirar o melhor proveito da pressão ora sofrida pelo Ceará. A rigor, situação assim leva à instabilidade quem está submetido a grave desconforto. A obrigação de acertar não raro conduz aos erros, máxime nas finalizações. Serenar os ânimos virou obrigação em Porangabuçu.

Oportuno o 22º

Encontro Estadual de Cronistas Esportivos, sob a chancela da Apcdec. A abertura será no dia 12 de abril, às 19 horas, no Hotel Amuarama. Em debate, a situação dos cronistas esportivos. A rigor, não se pode perder de vista a situação desses profissionais no tocante à legislação trabalhista vigente. Uma visão crítica diante dos problemas.

Nomes de prestígio já assumiram a presidência da Apcdec, cargo hoje ocupado com muito zelo e dedicação pelo companheiro Alano Maia. Puxo da memória aí lembro Aliatar Bezerra, Afrânio Peixoto, Cid Carvalho, Antonio Pontes Tavares, Colombo Sá, Aderson Maia, Gilvan Dias, dentre outros. A Apcdec é chamada de Invicta. Realmente jamais quedou diante dos problemas.