A imposição dos chamados grandes

Acertou quem disse que um outro campeonato começaria com a segunda etapa do certame estadual. Começou. Pelo menos, nos primeiros jogos já se vê a diferença. No primeiro turno, como chamo a primeira fase, Barbalha predominou. Invicto, ganhou o título e a vaga na Copa do Brasil 2020. O Atlético, ao ganhar do Ferroviário logo na estreia e depois com outros resultados bons, tornou-se a sensação emergente. Depois oscilou, mas não perdeu o charme, bem conduzido por Luan Carlos. Assim se esperava desses dois times melhor resistência diante dos grandes. Mas não foi o que aconteceu. A rodada inaugural da segunda volta do certame trouxe um verdadeiro massacre dos chamados times grandes sobre os times menores. O Ferrão impiedoso goleou o Atlético (4 x 1). O Fortaleza enfiou 3 a 1 no Barbalha. O Ceará meteu 3 x 0 no Floresta. Enfim, os grandes assumiram o papel vitorioso que sempre tiveram. Os menores pouco resistiram, apesar das lutas, dos esforços incontidos e da boa vontade. Pelo visto, mais uma vez, os coadjuvantes continuarão coadjuvantes. E a briga pelo título de campeão cearense 2019 ficará com os de sempre: os grandes.

Afirmação

Pouco a pouco, como quem não quer, querendo, o atacante do Fortaleza, Júnior Santos, vai alcançando a sua afirmação perante os olhares exigentes da torcida tricolor. Na vitória sobre o Barbalha, Júnior assinalou mais um belo gol. Além disso, tem sido importante sua participação no trabalho coletivo. Júnior consolida a sua presença. Ele já fora também o melhor do Fortaleza em João Pessoa.

Acontece

Ouvi pilhérias desagradáveis com o Altos do Piauí, que tomou de 7 x 1 do Santos. Pior fez o Santos que, em 2013, tomou do Barcelona uma goleada maior: 8 a 0. Sem esquecer que tomara 4 a 0 em 2011, na final do mundial de clubes. Aliás, não falem em 7 a 1 porque isso só lembra a Seleção Brasileira diante da Alemanha. Melhor mudar de assunto.

Dinheiro muito

A única coisa que presta na Copa do Brasil é o alto valor das cotas. Que o digam Ceará e Atlético. Dinheiro muito. Quanto ao regulamento e admissibilidade, uma piada. Virou casuísmo. Ideia da eliminação em um jogo só pode ter partido de uma mente rasteira. Pior é que todos aceitam cabisbaixos.

O atacante waldison, que brilhou no Fortaleza em 2012, 2013 e 2014, estreou muito bem pelo Guarany de Sobral, marcando os dois gols da vitória sobre o Horizonte. Waldison retornou ao futebol cearense após temporada de dois anos no futebol da Turquia. Aos 34 anos de idade, mostrou que ainda tem bola cheia.

O horizonte, que já teve formações consistentes e senhor absoluto no Domingão, não há conseguido recompor a imagem dos bons tempos do saudoso Argeu dos Santos, Roberto Carlos e Filinto Holanda. Nem de longe, lembra o time que por duas vezes disputou a Copa do Brasil. Precisa reagir, gente.