A comemoração de um final muito feliz

Tom Barros

É possível antever, sim, o que a torcida do Fortaleza fará logo mais no Castelão. Pelo que esta mesma torcida fez na festa do Centenário, depois no dia da ascensão e, posteriomente, na comemoração e carreata do título, certamente superará tudo em criatividade e participação. Hoje é o último capítulo do Fortaleza em Fortaleza, no seu ninho, na sua cidade, no seu aconchego. Depois seguirá para encerrar o ano esportivo em Curitiba. Deus meu, 2018 entra para a história do clube como um ano abençoado. Não foi apenas o título brasileiro da Série B, mas a forma esplendorosa como esse título foi conquistado. Não foi apenas a subida para elite nacional, mas o deleite de uma trajetória ascensional permanente, até alcançar a histórica confirmação matemática. Hoje será a hora de extravasar. Êxtase. Sentimento incomensurável de alegria e prazer. Indizível sensação de glória, de realização completa, de missão cumprida. De taça na mão, de faixa no peito, de estrela dourada. De riso nos lábios, de luz no semblante, de brilho nos olhos. De lágrimas choradas, mas, desta vez, gotas de conquista. É possível antever a comemoração que esta fantástica torcida fará hoje.

Justa vitória

O Bahia quis mais. Dominou todo o primeiro tempo. A rigor, o Ceará fez o gol, marcado por Calyson. E ficou aí. Depois um bombardeio do tricolor baiano. Grolli desperdiçou grande oportunidade. Zé Rafael obrigou Everson a fazer grande defesa. Apenas num momento o Ceará respondeu com Calyson. Aí Zé Rafael empatou.

Reação

No segundo tempo, o Ceará esboçou reação e até equilibrou em alguns momentos. Entretanto, o Bahia seguiu mais insinuante, com Zé Rafael, Edigar junior, Elber e Ramires. Léo teve a chance de virar para o Bahia, mas Everson pegou. Lisca quis fechar com Pedro Ken. Até deu sinais de que suportaria a pressão. Mas o Bahia fez valer o seu melhor objetivo de conseguir a vitória. Trama perfeita para o gol da vitória: Vinícius, Bruno, Edigar Junior, o gol (2 x 1).

Preocupação

Agora a situação complicou. A faixa que luta pelo rebaixamento está repleta de times na área de risco. O Ceará deixou fugir a margem que tinha. Imprevisível a situação a partir de agora.

Após a conquista do título brasileiro da Série B, o técnico Rogério Ceni teve seu prestígio como treinador amplamente valorizado. Espaço na mídia nacional, ele sempre teve como ídolo que é. Espaços que serão mais fartos ainda no próximo ano, haja vista a repercussão alcançada pela vitoriosa condução do time tricolor.

Pelo visto, os certames estaduais estão com seus dias contados. Resistirão ainda em 2019, mas, depois disso, certamente terão decretada a sua extinção. Aliás, nenhuma surpresa porque já vinham definhando ano após ano. Um dos motivos dessa previsão pessimista é o desinteresse total das redes de televisão.