2018, um ano perfeito, inesquecível

TOM BARROS

Os três grandes do nosso futebol tiraram o melhor proveito das experiências vividas em 2018. Um ano marcado com o selo do sucesso. O Ferroviário, reabilitado, promoveu seu reencontro com os títulos. Fim do jejum de tantos anos. Ganhou a Série D do Campeonato Brasileiro e a Taça Fares Lopes. Garantiu vaga na Copa do Brasil 2019. O Ferrão de Marcelo Vilar. Boas perspectivas para 2019. O Fortaleza teve um centenário exuberante. Uma campanha perfeita. Incontestável campeão da Série B, com todos os méritos. Uma ascensão para coroar o esmerado planejamento feito em 2017 pelo senador eleito, Luís Eduardo Girão, seguido com capricho pelo atual presidente, Marcelo Paz. Ano da afirmação de Rogério Ceni como treinador. Ceará extraordinário. Tido e havido como rebaixado, deu a volta por cima. O técnico Lisca se superou. Praticamente com o mesmo grupo, fez vitorioso um time antes perdedor. Aí ganhou do Flamengo, Fluminense, Cruzeiro, Atlético-MG, Corinthians... Robinson de Castro teve o mérito de acreditar no Lisca. Apostou nele. Manteve-se na elite. Mas terá fazer correções para evitar em 2019 tanto sufoco, tanto sofrimento.

Cuidado

Os jovens atletas, quando alcançam sucesso, precisam de orientação para evitar a prática de bobagens decorrentes do deslumbramento. O atacante Arthur, já do Palmeiras, poderia ter evitado a provocação que fez aos tricolores. O amanhã é incerto. O mundo dá muitas voltas. Atitude desnecessária. Faltou alguém para orientá-lo. Hoje Arthur pertence ao time campeão brasileiro. Deslize de comportamento perfeitamente evitável.

Ciranda

No futebol de hoje os profissionais mudam de equipe a cada certame. É tudo é muito dinâmico. Hoje num time, amanhã no maior rival. Não criar arestas faz parte do jogo de cintura que os atletas precisam ter. O respeito ao adversário deve ser ensinado desde as equipes de base. Então não pega bem qualquer tipo de ato ou brincadeira que possa ofender os rivais.

Vaia indevida

O volante do Vasco, Raul, ex-Ceará, foi vaiado como se fosse inimigo do clube. Injusta vaia. Quando saiu do Vozão, o rapaz teve de seguir a orientação dos que cuidam de seu contrato. Nem sempre o jogador é dono de sua vontade.

A propósito, lembrei do atacante Osvaldo ex-Fortaleza e ex-Ceará. Ele me disse que, quando esteve no exterior pela primeira vez, comeu o pão que o diabo amassou. Teve de submeter-se a situações constrangedoras. Veio embora. No recente retorno ao exterior, agora de forma mais segura, ele foi por obrigação profissional. Pelo gosto dele, teria ficado aqui.

A segurança

Financeira é que faz muitos atletas irem para o estrangeiro. A maioria passa por dificuldades no processo de adaptação. Então, a transferência de um clube para outro, quer daqui mesmo, quer para o exterior, mexe muito com o emocional dos atletas diante do novo desafio. E, não raro, sequer querem saber de sua vontade. Diz o empresário.