“O dia sem elas seria incompleto”: professora relata importância de crianças na rotina

Oriunda de uma família de mulheres docentes, Rogenya Dias leciona em turmas infantis há 16 dos 43 anos de idade, e diz “não imaginar” o dia sem os pequenos

Escrito por Theyse Viana , theyse.viana@svm.com.br
Legenda: Rogenya é professora há 16 anos, e não enxerga mais uma rotina em que os pequenos com quem convive diariamente não estejam inseridos
Foto: Camila Lima

Felicidade, amor, cumplicidade e afeto. As bases de qualquer relação completa são também o que Rogenya Dias, 43, encontra nos vários pares de olhos e sorrisos banguelos com quem convive, diariamente, no exercício de professora de educação infantil, em uma escola privada de Fortaleza. Ficar longe deles por meses, durante o período de isolamento social, aliás, foi um dos períodos mais complicados da carreira, falta amenizada apenas pelas aulas por meio de videochamadas.

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Rogenya atua como docente em turmas infantis há cerca de 16 anos, mas a paixão por estar com os pequenos é anterior. “Eu vivenciei o ambiente escolar desde muito cedo. Minha mãe é professora, venho de uma família de mulheres professoras, então esse meio educacional foi parte da minha formação. Eu não tive dúvidas de escolher lecionar”, relembra a professora, definida por colegas como “a galinha com seus pintinhos”, quando está em sala de aula.

O dia a dia assistindo ao desenvolvimento e à desenvoltura dos pequenos tornou-se, ainda, parte indispensável da rotina.

“Sou de abraço, de beijo, de toque, e tô sentindo muito esse ‘novo normal’, por precisar manter distância. Mas o contato diário de falar, se ver, ter o momento de interação online foi extremamente importante pra esse retorno. Minhas turmas foram o meu combustível, me motivaram nesse momento, pela interação deles, pela demonstração de interesse. As crianças de educação infantil são o que me fascina, me encanta, e eu me entrego ao que faço”, declara-se Rogenya.

Foto: Camila Lima

Quando questionada sobre como seria uma rotina sem a certeza de ver os pequenos fardados, sentados nas carteiras coloridas e vibrando quando ela chega, o cenário sequer se desenha na mente. “Nunca parei pra pensar nesse dia sem elas, seria incompleto. Ver a alegria deles quando eu entro, e com as brincadeiras que eu faço… Essa troca que eu tenho com eles diária, quando a gente entra em sintonia, é tudo”, emociona-se a professora.