Hospital infantil desenvolve proposta de projeto educacional para crianças internadas

O plano ganhou força porque o hospital atende pacientes com condição crônica complexa e, na maioria das vezes, não podem deixar o hospital devido ao contexto social no qual estão inseridas

Escrito por Redação ,
FOTO SOPAI
Legenda: A proposta ainda está em fase inicial, mas deve contar com o apoio de participantes voluntários
Foto: Arquivo pessoal

Com o intuito de ajudar as crianças internadas que ainda não podem deixar o SOPAI, único hospital infantil filantrópico de Fortaleza, a médica Cinara Carneiro, coordenadora da Ala Maria de Lourdes Moreira Leite, desenvolveu um projeto que reúne atividades educacionais e artísticas. A proposta ainda está em fase inicial, mas deve contar com o apoio de participantes voluntários.  

“Ainda é um embrião. A gente começou a ver possibilidades de não ter só assistência à saúde e surgiu essa ideia”, conta Cinara. Segundo a médica, os planos incluem uma abordagem diferente, com visitas com música, atividades educacionais e artísticas. 

O plano ganhou força porque o hospital atende pacientes com Condição Crônica Complexa (CCC), com indicação para cuidados paliativos pediátricos, que consistem em melhorar a qualidade de vida mediante uma doença que não tem cura. Na maioria das vezes, as crianças não podem deixar o hospital devido ao contexto social no qual estão inseridas, seja por condição financeira ou familiar.  

À princípio, o projeto funcionaria de forma presencial, mas Cinara afirma que recebeu proposta de voluntários de outras localidades, que tem a intenção de trabalhar via internet. “Por que não lançar mão da tecnologia para ajudar?”, reforça. 

Para integrar o time da atividade, basta entrar em contato com a idealizadora, pelo número (85) 99145.0717 ou com a central de doações (85) 4005.0707.  

Nesta quinta-feira (1), as crianças puderam participar do primeiro passo da iniciativa: uma sessão de fotos. “É o primeiro momento, hoje é o dia da primeira atividade que está dando abertura pra esse sonho. Engloba essa qualidade de vida que vai além da saúde”, explica a médica. 

Enfrentando a pandemia 

O SOPAI serviu de retaguarda para crianças contaminadas pelo coronavírus que se enquadravam em casos de média complexidade. “A nossa unidade continuou funcionante, tentando restringir o deslocamento de pessoas. Muitas crianças com suspeita de Covid-19 vieram pro SOPAI com quadro respiratório”, informa Cinara.  

Além do combate a pandemia na prática, o hospital buscou atuar de outras formas, com conteúdos informativos postados frequentemente nas redes socias. “Eu acredito que a instituição passou a crescer muito. E quando veio a pandemia ela passou a ter muito leitos de retaguarda e ganhou muita visibilidade. E aí se percebeu a importância da rede social pra divulgar o que se faz bem”, conclui a médica. 

Cinara alerta ainda para a importância das doações para o funcionamento efetivo do SOPAI, que podem contemplar diversas categorias, como leite, fraldas, brinquedos ou quantias em dinheiro.