Foto: Thiago Gaspar/Acervo DN
Tito de Alencar Lima nasceu em 14 de setembro de 1945, em Fortaleza. Era o caçula de onze filhos de Ildefonso Rodrigues de Lima e Laura de Alencar Lima. Sua mobilização no movimento estudantil e na militância política o tornou alvo de perseguição durante o período ditatorial do Brasil.
Na juventude, militou na Juventude Estudantil Católica (JEC) e foi vice-presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES). Em 1965, ingressou no noviciado na Ordem dos Frades Dominicanos e cursou Filosofia na Universidade de São Paulo (USP)
Em 1968, ele foi preso durante o 30º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). No ano seguinte, foi novamente preso e acusado de manter contatos com a Ação Libertadora Nacional (ALN)
Frei Tito foi torturado e se tornou preso político. Na prisão, o Frei Tito escreveu sobre a tortura que sofreu. O frade foi amarrado em um pau-de-arara, levou choques elétricos, socos e pauladas, foi queimado com cigarros e enfrentou um “corredor polonês”
O religioso foi exilado do Brasil em dezembro de 1970 como troca pelo embaixador suíço sequestrado, Giovanni Enrico Bucher. Frei Tito passou por países como Chile, Itália e França. A tortura deixou sequelas psicológicas no religioso e ele faleceu em 1974.
Existem cinco ruas que homenageiam o cearense, localizadas no bairro Cajazeiras, em Fortaleza, no bairro Macaxeira, em Recife, no bairro Vila Leopoldina, em São Paulo, em São Bernardo do Campo e em Belo Horizonte
A via se chamava Rua Dr. Sérgio Fleury, delegado do Departamento de Ordem Política e Social de São Paulo (Dops) apontado como um dos torturadores de Frei Tito. A mudança foi estabelecida em um projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal de São Paulo em agosto de 2021
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