Após onda de assaltos, campus da Uece instala posto de segurança privada

Série de roubos foi denunciada por alunos do Centro de Humanidades, no Bairro de Fátima, em Fortaleza

A Universidade Estadual do Ceará (Uece) instalou um  posto de segurança privada na tentativa de inibir uma onda de assaltos no Centro de Humanidades, no Bairro de Fátima, em Fortaleza. Além disso, a instituição informou em nota que solicitou ao Comando da Polícia Militar do Ceará (PMCE) o reforço policial na área e a retomada do posto da polícia militar na Avenida Luciano Carneiro.

As medidas foram tomadas após estudantes da universidade denunciarem em redes sociais os roubos em série no Campus Fátima. 

Procurada pelo Diário do Nordeste, a Polícia Militar do Ceará (PM-CE) informou, em nota, que o bairro de Fátima recebe policiamento do 6º Batalhão Policial Militar (6ºBPM), realizado através de viaturas do Policiamento Ostensivo Geral (POG).

Ainda de acordo com a corporação, a área também possui reforço do Comando de Policiamento de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (CPRAIO) e do Comando de Policiamento de Choque (CPChoque), o que intensifica a segurança nos locais e horários de maior necessidade. 

Relatos de assaltos

Um grupo de estudantes relatou que, na última sexta-feira (18), às 21h, conversava próximo às salas de aula do Centro de Humanidades, quando foi surpreendido por um homem desconhecido, que pediu ajuda financeira aos alunos.

Após conseguir as doações, o indivíduo deixou o local, e retornou momentos depois, anunciando o assalto. Uma aluna de filosofia, que estava com o grupo, afirmou que o homem conseguiu levar cinco celulares. 

Procurada pelos estudantes após a ação, a dupla de seguranças responsável pela área argumentou que “não poderia fazer nada”, conforme a denúncia.

Outro aluno da instituição confidenciou que a ocorrência não é um caso isolado. De acordo com o estudante de letras, os crimes na universidade e em suas adjacências vêm acontecendo desde outubro, e ele, inclusive, diz ter vários amigos que já foram vítimas das ações.

Uma estudante assaltada relata que o clima na instituição é de insegurança, e muitos colegas estão preocupados com a situação. “Foi aterrorizante [...] Ocorreu no bosque, e tinham alunos no bosque e nas salas de aula. Estamos assustados”, disse.

Em caráter emergencial, os Centros Acadêmicos do Centro de Humanidades realizaram uma assembleia-geral na segunda-feira (21) para que os estudantes pudessem debater sobre a segurança do campus, e decidir quais medidas poderiam ser solicitadas à reitoria.

Rondas diurnas e noturnas

Além do posto de segurança, a Uece informou que a empresa de segurança privada contratada pela universidade realiza rondas diurnas e noturnas nos campi, e possui postos fixos de policiamento.