O futuro da indústria farmacêutica

O setor de saúde movimenta um enorme fluxo de capital por ano mundialmente e boa parte desse valor está concentrada em um número reduzido de países, como Estados Unidos, Alemanha, Japão, França, Índia e China. Chegou o momento, porém, de a América Latina também ocupar lugar de destaque no mercado global de saúde e ampliar o acesso a produtos inovadores onde mais necessitam deles. As empresas da região têm experiência para pleitear esse papel e grande competência para assumir o desafio.

Recentemente, representantes de farmacêuticas latino-americanas e de organizações parceiras do setor de saúde como Fiocruz (Brasil), Unitaid (Suíça) e Mundo Sano (Argentina), estiveram reunidos em Campinas/SP, para o II Fórum de Inovação e Acesso aos Mercados Globais de Saúde com objetivo de discutir as possibilidades e desenvolver um caminho para empresas latino-americanas se confirmarem e participarem efetivamente como players no mercado global. 

Além de fomentar a discussão do cenário da região no que tange disponibilização, para as nações mais pobres do mundo, de medicamentos voltados para doenças epidêmicas. 

Em 2017, só no Brasil, foram movimentados R$ 69,5 bilhões pelo setor farmacêutico, segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os laboratórios brasileiros já exportam para a Europa, África, Ásia e Oriente Médio; e marcam presença em importantes países com a fabricação e a comercialização de medicamentos; com pesquisa de ponta ligada à oncologia, virologia, imunologia, etc.; e com compromissos sociais assumidos perante o mercado internacional.

Estamos afirmando ao planeta que nós, as empresas de saúde da América Latina, pensamos cada vez mais em conjunto, e, de maneira audaciosa e responsável, já começamos a trilhar rumos concretos para desbravar de vez o mercado global. Essa é a nossa hora.

Carlos Sanchez
Presidente do Conselho de Administração do Grupo NC


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