Dentista é suspeita de causar infecção em pacientes em lipo de papada em MG

Camilla Groppo não tinha formação para realizar os procedimentos estéticos de lipo de papada e de bichectomia

Escrito por Redação ,
Dentista Camilla de Andrade Silveira
Legenda: Ela tinha um curso de dez horas para lipo de papada e de doze horas para bichectomia
Foto: Reprodução/Instagram

A dentista Camilla de Andrade Silveira, conhecida como Camilla Groppo, está sendo investigada por suspeita de infeccionar pacientes. Conforme o g1, ela realizava lipoaspiração de papada e registra pelo menos vinte vítimas do mau procedimento. Na terça-feira (23), a residência dela e o consultório foram alvo de busca e apreensão.

Ela colocou a casa à venda e, em março, o consultório já tinha sido interditado pela Vigilância Sanitária. Em meio às investigações, a Prefeitura de Belo Horizonte confirmou que foi notificada com 20 casos de infecções pela bactéria Mycobacterium abscessus. O número inclui os casos confirmados e suspeitos. 

"O profissional dentista estaria habilitado, teria autorização de realizar procedimentos estéticos, desde que faça curso de especialização. Esses cursos levam, em média, de dois a três anos, como uma pós-graduação. No consultório da investigada tem lá que ela fez um curso de dez horas para lipo de papada e de doze horas para bichectomia", afirmou o delegado Alessandro Santa Gema, delegado titular da 4ª Delegacia de Polícia Civil de Minas Gerais. 

Na casa de Camila, a Polícia Civil localizou 16 prontuários de pacientes. Apesar de ser formada como dentista, não tinha habilidade para fazer os procedimentos estéticos. Os documentos e provas apreendidos pelos agentes vão ser repassados para o Instituto Médico-Legal (IML), que analisará as intervenções feitas por Camilla nos pacientes.

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Defesa afirma estar colaborando com investigações

A advogada de defesa de Camilla, Andresa de Oliveira e Resende, afirmou que ela está colaborando com as investigações. Em nota, disse que a cliente não deve mudar de cidade, e o que a casa dela já tinha sido colocado à venda antes das investigações. 

Sobre o mandado de busca e apreensão, preferiu não se manifestar porque o "procedimento ainda está em sigilo".

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