Pai e filho são condenados a mais de 27 anos de prisão por assassinato e tentativa de homicídio em Itapajé
A sentença foi proferida na madrugada desta quarta-feira (27), após 19 horas de julgamento
Após 19 horas de julgamento, o Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da Comarca de Itapajé condenou Francisco Augusto Costa, o “Alfredo Cigano”, a 27 anos de prisão e seu filho, Francisco Gleyson Costa, o “Gleissinho”, há 28 anos e dois meses de reclusão em regime fechado, pelo assassinato de duas pessoas e pela tentativa de homicídio de outra.
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O Júri, no entanto, absolveu Maria Ziulan da Costa, a “Cigana”, esposa e mãe dos condenados, por acatar a tese da defesa de que ela apenas estava no local dos fatos. A sentença foi proferida na madrugada desta quarta-feira (27).
Pai e filho, acompanhados do sobrinho Flávio Cigano - já condenado em 2017, mataram Carlos César Barroso Magalhães, à época com 22 anos, e José Wilson Barroso Forte Júnior, de 27.
Maxwell Magalhães Caetano, a outra vítima, tinha 23 anos na ocasião, sobreviveu, mas ficou tetraplégico.
Crime premeditado
Na decisão, a juíza titular da 1ª Vara de Itapajé, Juliana Porto Sales, considerou “a frieza, a premeditação e a conduta social dos acusados desfavorável à época dos fatos, dada a má fama e o temor causado na comunidade”.
Também foi considerado as consequências extrapenais em relação a Maxwell Caetano, que teve suas atividades pessoais, acadêmica e familiares interrompidas em decorrência da tetraplegia, vivendo hoje na dependência constante de sua mãe, sua curadora oficial.
“Ao final, entendi por manter as prisões dos réus condenados para garantir a aplicação da lei penal e manutenção da ordem pública”, disse.
Ao todo, seis pessoas - entre testemunhas e réus - foram ouvidas na sessão do júri, que teve início às 8h30 da manhã da terça-feira (26) e foi concluída às 3h30 da madrugada desta quarta-feira (27).
Relembre o caso
As mortes e a tentativa de homicídio aconteceram em 29 de julho de 2000 próximas a um bar em Itapajé. Uma mulher teria sentado em cima do carro de uma das vítimas, que não gostou e, ao reclamar, passou a ser ofendida pelo trio de ciganos.
Durante a discussão, o dono do carro e dois amigos, foram baleados por Flávio Cigano. O crime foi cometido com o apoio de Alfredo Cigano, Cigana e Gleissinho.
Após 17 anos foragidos, os criminosos foram capturados em 23 de novembro de 2017, em uma operação da Polícia Civil, em um distrito na zona rural de Canindé. “Flávio Cigano”, que foi preso três meses após as mortes, foi condenado em julho de 2017 a 23 anos de prisão.