Testamos Nissan Kicks automático

SUV que se destaca pelo design diferente, leveza ao dirigir e economia de combustível, Kicks agradou no teste

Com a transmissão automática, o Kicks S vem de fábrica bem completo. E a fábrica é nacional - localizada em Resende, no Rio de Janeiro. Antes o SUV "atrevido" vinha do México.

Essa versão não tem central multimídia, mas traz o rádio e volante multifuncional, rodas de liga leve aro 16, faróis de neblina, controles eletrônicos de estabilidade e de tração, assistente de saída em ladeiras, trio elétrico, rádio com Bluetooth e entradas auxiliar e USB, airbags frontais, ABS nos freios e alarme. Itens mais modernos, como chave presencial e a central Multi-App (similar a um tablet), só aparecem a partir da versão SV.

Passamos uma semana a bordo da versão de entrada. Os bancos são de tecido. Pra começar, senti que a posição de dirigir era excelente. Aliás, essa versão é básica sem ser. Dispensa alguns itens, mas preserva o bom conjunto motor-transmissão das opções mais caras.

Nosso teste foi todo na zona urbana de Fortaleza. No engarrafamento cotidiano da capital cearense o SUV se saiu bem no arranque, retomadas e na aceleração. Seu motor, mesmo não sendo tão potente (114 cv) cumpre seu papel ao lado da transmissão CVT.

Interior

Por dentro, não há partida por botão, o painel de instrumentos é simples, apenas com uma tela menor para computador de bordo, e a central multimídia é substituída por um aparelho de som com Bluetooth e USB. O volante não tem revestimento, entretanto, vem com regulagem de altura e profundidade e os principais comandos do sistema de som.

Carro tem muitos itens de série e chamá-lo de básico é até uma ofensa. Vamos lá: ar-condicionado; bancos dianteiros com tecnologia Zero Gravity; acabamento de tecido nos bancos; fixadores traseiros para cadeiras de crianças (ISOFIX); freios ABS com EBD e assistência de frenagem (BA); rádio com entrada para MP3 player, conector USB e Bluetooth; rodas de aço 16" com calota; sistema de partida a frio FLEX START; travamento central automático das portas e vidros dianteiros e traseiros elétricos.

Opcional: "Pack Safety", com controle de tração e estabilidade (VDC) com sistema inteligente de partida em rampa (HSA).

Com peso um pouco abaixo da média dos rivais, o Kicks S CVT, com seus 1.129 kg consegue ter certa agilidade no trânsito consumindo pouco combustível. De acordo com os números do Inmetro, o SUV pode fazer 11,4 km/l de gasolina na cidade e 13,7 km/l na estrada. Se houver apenas etanol no tanque, esses dados passam para 7,7 km/l e 9,4 km/l, respectivamente. Pise de leve no acelerador e o Nissan vai rodar sempre em silêncio, ajudado pelo câmbio CVT. Vindo a 80 km/h, constante, o ponteiro do cota-giros aponta algo em torno de 1.500 rpm, apenas. Se aumentar a pressão no pedal da direita, porém, o nível de ruído sobe bem, fazendo gritar o motor 1.6, de 114 cv e 15,5 kgfm de torque a 4.000 rpm.

Na cidade, durante nosso teste, o computador de bordo marcou 10,2 km/l e 10,1 km/l, em média.

Outros pontos fortes

Mas a boa posição de dirigir e a visibilidade estão entre os pontos de agradam no Kicks S CVT, que se sai bem no trânsito, mostrando certo fôlego nas retomadas e acelerações.

A direção elétrica, leve e silenciosa é outro ponto que contribui com a dirigibilidade do modelo da Nissan, uma boa opção no segmento levando em conta a relação entre custo e benefício e para quem não faz questão de itens mais sofisticados a bordo, como sistema multimídia, painel de instrumentos digital e configurável e partida por botão. Seus rivais são Honda HR-V, Jeep Compass, Hyundai Creta.

Ficha técnica

Motor: 1.6 L 16V, quatro cilindros

Potência: 114 cv a 5.600 rpm

Torque: 15,5 kgfm a 4.000 rpm

Câmbio: Automático CVT, com modo Sport e simulação de seis marchas

Direção: Assistência elétrica

Tração: dianteira

Pneus e rodas: 205/60 R16

Porta-malas: 432 litros

Preço: R$ 81.840,00

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