Lúcio Alcântara anuncia sua chapa

Escrito por Redação ,
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Foto: Kiko Silva
O governador Lúcio Alcântara anunciou ontem à tarde, em entrevista coletiva na sede regional do PSDB, os companheiros dele na chapa que vai ser homologada na convenção do partido, amanhã, no Centro de Convenções. O candidato a vice é o empresário Beto Studart, o candidato ao Senado é o deputado federal Moroni Torgan e os suplentes são o vice-governador Maia Júnior e o ex-deputado Chiquinho Feitosa.

Maia Júnior chegou ao evento depois de encerrado e demorou pouco. O governador Lúcio Alcântara não mais estava no local. O empresário Chiquinho Feitosa estava ontem em São Paulo. Lúcio Alcântara, ao responder sobre o engajamento de Tasso Jereissati na campanha, disse que o senador era homem de partido e já tinha declarado, mais de uma vez, que iria apoiar quem o partido escolhesse. O deputado Moroni Torgan completou lembrando que Tasso Jereissati disse a ele, particularmente, que apoiaria a sua postulação ao Senado. Tasso, na hora do anúncio da chapa majoritária do PSDB com o PFL, concedia uma entrevista exclusiva ao Diário do Nordeste que vai publicada na edição de domingo.

COORDENAÇÃO - O governado Lúcio arrematou o assunto (participação de Tasso na campanha) dizendo que os líderes tucanos e pefelista iriam trabalhar em conjunto. Afirmou que há uma só chapa e não existe a candidatura de Lúcio e a de Moroni, isoladamente. ´Há uma só coordenação, uma só campanha e já conversamos (PSDB e PFL) bastante e detalhadamente sobre isto´, disse o governador.

Lúcio informou que o coordenador da campanha é o presidente regional do PSDB, Raimundo Viana. Este, ao ser perguntado qual seria a previsão de gastos para realização da convenção de amanhã, respondeu perguntando ao repórter: ´Porquê? Vai bancar?´ Depois das risadas dos presentes, Raimundo Viana reconheceu a grosseria. Disse que, depois do evento, o PSDB vai ter o prazer de publicar até o número dos cheques que pagaram as despesas da convenção tucana.

O deputado Moroni Torgan, em socorro ao constrangimento causado por Raimundo Viana, interveio dizendo que todos os gastos da campanha vão ser transparentes. O governador Lúcio Alcântara aproveitou para dizer que a orientação dele é que a campanha seja simples, austera, dentro de padrões aceitáveis, compatível com o tamanho territorial do Ceará.

RAZÕES DE SER - O governador disse que em nenhum momento impôs o nome dele como candidato ao partido e que a candidatura à reeleição tinha duas razões: 1) Os projetos em andamento que gostaria de concluir num segundo mandato e 2) O apoio das bases. ´Deputados, prefeitos e lideranças vieram a mim e pediram que eu fosse o candidato´, argumentou.

´É uma oportunidade (campanha) para eu defender o meu governo. Não vou apresentar um plano que negue tudo aquilo que eu fiz´, afirmou Lúcio dizendo-se aberto a sugestões para melhorar. O deputado Moroni Torgan disse que já conversou com o governador sobre propostas que tem na área de segurança pública.

GOVERNO - Lúcio Alcântara disse que vai conduzir a campanha eleitoral como candidato e o exercício do cargo de governador dentro do que prescreve a lei. ´Vamos ser extremamente cautelosos. O meu estilo de governar é conhecido e estamos melhorando todo dia´, disse. Indagado sobre uma possível aliança com o PMDB, Lúcio Alcântara respondeu: ´Se quiser vir, venha´.

Mas Moroni Torgan lamentou que o deputado Eunício Oliveira não estivesse fazendo parte da chapa. ´Sempre fomos amigos. Não vou negar isso nem se formos oponentes na eleição. É um direito dele (Eunício) e é um direito meu. Que isso possa garantir o nível bom (da campanha), dos debates em defesa do Ceará em busca de recursos nacionais que é uma tarefa do senador. Infelizmente eu não vejo o PMDB na nossa chapa´, afirmou.

Lúcio Alcântara disse que, no que depender dele, o debate na campanha será em torno de idéias e de políticas públicas. ´Não vamos estimular nenhum ato de campanha que não esteja dentro dos padrões democráticos´.

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