Especialista lista 8 sintomas que indicam anemia ferropriva; confira

Tipo de anemia pode ser mais comum em crianças e traz consequências como diminuição da produtividade e capacidade do aprendizado

Legenda: Segundo a médica, o diagnóstico é feito quando o paciente apresenta algum grau de anemia e no exame de hemograma há suspeita de ferropenia
Foto: Shutterstock

Você sabia que sintomas como falta de apetite até fragilidade de unhas e cabelos podem ser sinais de anemia ferropriva? A condição ocorre, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), quando o conteúdo da hemoglobina está abaixo do normal, decorrente da deficiência de ferro.  

A médica e professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), Alaíde Pinheiro, explica que esse tipo de anemia traz sintomas como: astenia, dispneia aos esforços, tontura, zumbido, fraqueza muscular, fragilidade nas unhas e cabelos, falta de apetite, picacismo (vontade de comer coisas estranhas como barro, gelo, arroz cru) entre outros. 

As principais causas dessa condição, de acordo com Alaíde, são “redução da oferta: alimentação pobre; aumento da demanda: crescimento rápido, gestantes; aumento da perda de ferro: perdas menstruais exageradas, perdas por via urinária e intestinal; dietas restritivas sem acompanhamento por nutricionistas; mas também tem causas desconhecidas”. 

O Ministério da Saúde ressalta ainda que esse tipo de anemia traz ainda consequências como a diminuição da produtividade no trabalho, diminuição da capacidade de aprendizado, retardamento do crescimento, apatia (morbidez), perda significativa de habilidade cognitiva, baixo peso ao nascer e mortalidade perinatal.  

O perfil mais acometido pela condição é de crianças na primeira infância, também nos períodos de crescimento rápido, como na adolescência, e mulheres no início dos ciclos menstruais e no climatério, gestantes e idosos. “Costuma-se dizer que a anemia é um sinal de uma doença e não um diagnóstico isolado”, destaca. 

Questionada sobre a anemia ser mais grave em crianças, a médica cita um estudo feito no País entre 2007 e 2020, que estimou que 33% das crianças abaixo de 7 anos têm anemia carencial. “Essa deficiência pode causar: comprometimento no desenvolvimento, diminuição da habilidade cognitiva e comportamental, comprometimento da linguagem e comprometimento da capacidade psicoemocional e motora”. 

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Como diagnosticar? 

Segundo a especialista, o diagnóstico é feito quando o paciente apresenta algum grau de anemia e no exame de hemograma há suspeita de ferropenia.

“Então são solicitados os exames que chamamos de cinética do ferro, para comprovar sua deficiência. Mas é importante quando a pessoa está com algum sinal ou sintoma que procure o médico para investigar a causa da anemia”. 

Tratamento

O tratamento da anemia por deficiência de ferro deve ocorrer com a oferta desse nutriente que está deficiente e também, segundo a médica, é necessário tratar o problema que levou a deficiência e adequação da dieta

“No caso de uma anemia carencial, uma alimentação natural e diversificada com proteínas de origem animal como carne, ovos; de origem vegetal como verduras verdes e legumes, leguminosas como o feijão já é um bom começo para melhorar”, indica. 

Para aumentar a absorção do ferro, a professora também recomenda associar frutas cítricas, diminuir alimentos industrializados, dar preferência a alimentação natural e nos pacientes com doenças inflamatórias crônicas, melhorar a doença de base.