Mães e pais esgotados? Saiba mais sobre a síndrome de Burnout parental

Conheça os principais sintomas e veja como lidar com a síndrome

Legenda: Esgotamento físico, mental e emocional pode afetar os pais
Foto: master1305/Freepick

Conciliar trabalho, cuidados com os filhos, relacionamento, amigos, cuidados com a casa, família, saúde, hobbies. São tantas exigências nessa vida moderna, que está cada vez mais comum sucumbirmos ao esgotamento.

A necessidade é de querer cumprir todas as responsabilidades, e ter o controle de tudo, mas a sensação de sobrecarga é cada vez mais frequente. Esse esgotamento físico, mental e emocional experimentado pelos pais, como resultado do estresse crônico relacionado à criação dos filhos é o que chamamos de síndrome de burnout parental.

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Os pais que sofrem desse esgotamento, sentem-se sobrecarregados pelas múltiplas exigências de criar filhos e lidar com todas as pressões da vida cotidiana. Há um estresse agudo e a sensação é de que tudo está transbordando.

O termo é muito conhecido no meio corporativo, por ser um adoecimento por excesso de trabalho, vem do inglês, “burn” – que significa queima e “out” – fora, ou seja, é uma síndrome onde fatores externos que causam muita pressão, queimam de fora para dentro, causando desgastes emocionais.

Quais os principais sintomas do Burnout parental?

Exaustão constante - Sensação persistente de cansaço e falta de energia;
Desconexão - Desconexão emocional dos filhos, sentimento de distância;
Sentimentos de ineficácia - Crença de que não está sendo uma boa mãe ou pai, sentimentos de incompetência;
Irritabilidade - Respostas exageradas, impaciência e irritação frequentes.
Dificuldade de concentração - Problemas para se concentrar e tomar decisões.
Alterações no sono - Dificuldade para dormir ou manter um sono de qualidade.
Alterações no apetite: Mudanças nos hábitos alimentares, como comer demais ou falta de apetite.
Dores físicas: Dores de cabeça, dores musculares, problemas gastrointestinais.

Normalmente, esses sintomas surgem de forma leve, por essa razão, muitos acham que pode ser algo passageiro. Porém, é importante ficar atento a esses sinais, e buscar apoio profissional, pois se não tratar da forma adequada, o quadro tende a piorar levando ao isolamento social, sentimentos intensos de culpa, podendo chegar até a depressão.

O que fazer diante da síndrome de Burnout parental?

Reconhecimento: O primeiro passo é reconhecer que você está enfrentando o burnout parental. Isso pode exigir uma avaliação honesta de suas emoções e níveis de estresse.

Aceitação da imperfeição: Após reconhecer, aceite os erros e imperfeições. Lembre-se que cometer erros é normal e parte do processo de aprendizado. Não devemos ser pais perfeitos, mas apenas “suficientemente bons” (Winnicott).

Estabelecimento de limites: Defina limites claros para equilibrar as demandas familiares e pessoais. Aprenda a dizer não quando necessário.

Delegação de responsabilidades: Se possível, compartilhe as responsabilidades parentais com o parceiro e familiares. Não queira dar conta de tudo sozinho, abra mão do controle, peça ajuda quando precisar.

Organização e planejamento: Estabeleça rotinas e crie um ambiente que facilite o gerenciamento das responsabilidades diárias.

Autocuidado: Reserve tempo para cuidar de si mesmo. Isso pode incluir atividades que lhe tragam prazer, como hobbies, exercícios ou simples momentos de relaxamento.

Busque apoio: Converse com amigos, familiares ou busque um profissional de saúde mental. Compartilhar suas preocupações ajuda a aliviar a carga emocional.

Lembre-se de que superar o burnout parental é um processo gradual. Fazer mudanças sustentáveis em seu estilo de vida e procurar apoio quando necessário são passos importantes para promover o bem-estar emocional e a saúde familiar. Reserve tempo para si, seja gentil consigo, assim com certeza seus filhos receberão o melhor de você.

*Este texto reflete, exclusivamente, a opinião da autora