Maternidade e carreira: desafios constantes

Outro fato, que nesse caso atinge a saúde mental da mulher diretamente, é a dupla jornada de trabalho

Escrito por
Conceição Martins producaodiario@svm.com.br
Advogada
Legenda: Advogada

Apesar de ser um dos períodos mais desejado pelas mulheres, a maternidade traz consigo muitos desafios, principalmente quando pensamos nas mudanças que ela traz para a vida daquela mulher que vai ser mãe. Uma das primeiras preocupações que surge com essa nova fase da vida é com relação a vida profissional, como conciliar o trabalho e a maternidade? Esse é um desafio vivido por muitas mulheres.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, quase metade das mulheres que tiram licença-maternidade não está mais presente no mercado de trabalho após 24 meses. Um dado preocupante, mas que infelizmente mostra a realidade vivida por muitas mulheres brasileiras.

Afinal, algumas empresas veem a maternidade como uma barreira para a produtividade, em alguns casos mais extremos existem locais de trabalho que concedem um salário menor para mulheres que são mães do que para homens. Ou seja, parece que quando a mulher vira mãe o mercado de trabalho deixa de existir para ela.
Outro fato, que nesse caso atinge a saúde mental da mulher diretamente, é a dupla jornada de trabalho. Aquelas que conseguem se manter no mercado, muitas vezes acumulam funções e responsabilidades domésticas, o que gera uma exaustão que pode culminar em problemas que estão totalmente ligados com a saúde mental.

Além disso, a sociedade por vezes impõe a sobrecarga de “mãe perfeita”, então a maternidade pode vir carregada da culpa para serem excelentes profissionais e também excelentes mães, como se não fosse possível haver falhas. Mas como mudar essa realidade? Como fazer com que essas mulheres sejam realocadas no mercado de trabalho sem perder os seus direitos, sem estarem inseridas em um ambiente totalmente exaustivo de produtividade?

Algumas saídas são possíveis como políticas de trabalhos mais flexíveis como home office ou formato híbrido que já deveria estar em vigor na Legislação brasileira, além disso é preciso que haja o fortalecimento de uma rede de apoio para essas mulheres, para que elas possam ter a certeza que não é preciso caminhar sozinha, que é possível, de uma maneira saudável, ser mãe, mulher, esposa e profissional.

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