Com investimento de R$ 105 milhões, Porto do Pecém recebe novo terminal de cargas frias em setembro

Primeiro empreendimento do tipo no Complexo pode auxiliar empresas exportadoras cearenses durante tarifaço

Escrito por
Letícia do Vale leticia.dovale@svm.com.br
(Atualizado às 16:41, em 01 de Setembro de 2025)
Vista de cima do terminal de cargas frias da empresa Fracht Log
Legenda: A expectativa é de que esse primeiro momento gere, aproximadamente, 80 empregos diretos e 400 indiretos
Foto: Divulgação

O grupo multinacional de origem suíça Fracht Log investiu cerca de R$ 105 milhões em um moderno terminal de cargas frias no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp). O objetivo é ser uma solução para o mercado cearense e nordestino, oferecendo frete marítimo, despacho aduaneiro, armazenagem e transporte 24 horas por dia, sete dias por semana. 

Segundo a empresa, o empreendimento é o primeiro de armazenamento para mercadorias frias no Complexo, sendo considerado o mais moderno em atividade no Estado. O armazém pode servir de auxílio, principalmente, para empresas exportadoras que estiveram com produtos parados devido ao tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

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“Quando as mercadorias chegam em quantidades pequenas, o mercado absorve o consumo. Quando chegam em grandes quantidades, as empresas se tornam reféns de custos altíssimos para poder mantê-las dentro do contêiner. Então, a intenção foi trazer uma solução logística para clientes importadores e exportadores para que eles possam manter os produtos próximos a uma zona de escoamento, fomentando cada vez mais a economia do Estado”
Thiago Abreu
Diretor-geral da Fracht Log

Com a fase inicial prevista para ser entregue dia 9 de setembro, empresas de frutas, aves, carnes e peixes devem ser as mais beneficiadas pelo empreendimento. De acordo com Thiago, a expectativa é que esse primeiro momento gere, aproximadamente, 80 empregos diretos e 400 indiretos

Empreendimento tem área total de 107 mil m² 

O equipamento terá capacidade de armazenar até 60 mil toneladas por ano de cargas resfriadas ou congeladas. Junto às mercadorias secas, o armazenamento totaliza 174 mil toneladas por ano

São 107.000 m² de área total, dos quais 17.000 m² são de área construída. Desses, 9.800 m² são reservados para os armazéns secos e frigoríficos e 7.200 m² para os setores administrativos. 

O terreno ainda dispõe de 64.000 m² de área aberta para armazenamento de carga que pode ficar exposta a sol e chuva e 26.000 m² para área de manobra, estacionamento e docagem. 

Cargas poderão ser monitoradas remotamente e em tempo real 

Os clientes do empreendimento terão a possibilidade de monitorar, remotamente e em tempo real, a temperatura da antecâmara e das câmaras do armazém. Segundo Thiago, toda a operação é controlada por sistemas de telemetria em tempo real, além de apresentar softwares para controle preciso das câmaras frigoríficas. Outra facilidade são os sistemas Warehouse Management System (WMS), que proporcionam rastreabilidade, segurança e transparência aos clientes.

“O equipamento permite que os clientes acompanhem o monitoramento em tempo real da telemetria e até visualmente das suas cargas. Na nossa antecâmara, que é onde ocorre a triagem das cargas, nós temos 1.500 m², uma área onde é possível fazer o recebimento de até 10 docas operando simultaneamente. É inédito do estado do Ceará”, garante Thiago. 

Terminal da Fracht Log em números

R$ 105 milhões 
Investimento

80
Empregos diretos

400
Empregos indiretos

60 mil toneladas
Capacidade anual de cargas frias

174 mil toneladas
Armazenamento anual total

107.000 m²
Area total

17.000 m²
Área construída

Potencial cearense é valorizado e projeto pode ser expandido 

O Grupo enxerga o Ceará como um estado estratégico para o desenvolvimento dos seus negócios no Brasil e na América do Sul. Para o diretor-geral da Fracht Log, a região apresenta uma série de fatores econômicos e logísticos que potencializam o Estado como uma área de grande desenvolvimento, como a futura operação da Transnordestina, a instalação do Data Center no Porto do Pecém e o Hub de Hidrogênio Verde, também localizado no Complexo. 

Outro fator é o posicionamento geográfico estratégico do Ceará, localizado a poucos dias de viagem marítima de países como os Estados Unidos, a Espanha e a Holanda

Nesse cenário, a possibilidade de expansão do projeto é considerada. “Nós temos diversos segmentos que estão favorecendo a expansão do Estado e a expansão de investimentos como esse. Após a entrega dessa primeira fase, passaremos a trabalhar na pavimentação de uma área de 54 mil m². Além disso, temos uma outra área de 101 mil m² para ser ativada se sentirmos uma evolução natural na demanda do mercado”, sugere. 


 

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