Amaro fecha loja no Iguatemi e deixa o Ceará; produtos estão pela metade do preço
Marca de moda passa por recuperação judicial e já havia fechado unidade no RioMar em 2023

A empresa de moda Amaro está deixando o Ceará. A loja no Iguatemi Bosque deve fechar nos próximos dias. A informação de encerramento das atividades da marca foi confirmada pela assessoria do shopping center, porém, sem informar a data.
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"A Amaro passa por uma reestruturação de negócio e vem encerrando operações em várias cidades do País, trata-se de decisão estratégica da empresa. O shopping acatou a decisão e segue com seu propósito de continuar trazendo marcas relevantes para Fortaleza, como a marca internacional Ray Ban, que inaugura ainda este mês", diz o Iguatemi, em nota.
Produtos estão com 50% de desconto
Em apuração por meio do canal do WhatsApp da loja, o Diário do Nordeste confirmou o fechamento a partir da próxima segunda-feira (10). Além disso, foi comunicado que todos os produtos disponíveis estão com 50% de desconto. A unidade do Iguatemi abriu em julho de 2022.
Em processo de recuperação judicial, a Amaro já havia fechado a loja no Shopping RioMar Fortaleza, em 26 de outubro de 2023.
O Diário do Nordeste não conseguiu contato com a Amaro para entender o motivo do fechamento.
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Saiba mais da marca e do processo de recuperação judicial
A empresa brasileira de moda feminina foi fundada em 2012, com foco no mercado digital. Três anos depois, lançou seu modelo de lojas físicas, chamadas de "guide shop".
Além das peças próprias, a empresa vende produtos de outras marcas e investiu no ramo infantil e de decoração.
A Amaro entrou em recuperação judicial em março de 2023, com dívida de R$ 244,6 milhões. Segundo a Forbes, na época, a dívida líquida da empresa era de R$ 151,7 milhões, em obrigações bancárias, e R$ 39 milhões em débito a fornecedores.
No processo de recuperação, a empresa argumenta que os débitos "se sobrepõem à capacidade financeira da empresa neste momento, razão que fundamenta o presente pedido".
O pedido também alega que a marca passa por uma queda nas vendas e sofre com a alta da inflação. A empresa recebeu aval judicial do plano por créditos que representam 41,63% da soma em aberto, cerca de R$ 101 milhões.