Tradição com requinte e inovação no cardápio

Mais que cenários de tirar o fôlego, o novo roteiro investe no Turismo de experiência focando uma Gastronomia que tem um pé em receitas centenárias e outro em cardápios diferenciados que partem de uma leitura de insumos locais.

Escrito por Sebrae/CE ,

Já pensou em tomar um café da tarde servido em louças de porcelana inglesa, toalhas de renda e guardanapos de linho bordados? Ou almoçar à beira de um fogão à lenha, em mesas rústicas de madeira, à moda das antigas fazendas? Ou, ainda, degustar pequenos pastéis crocantes ao molho do mais legítimo mel da Serra de Baturité?

Pois estes são alguns dos pratos que integram o cardápio de quem se aventura pelo roteiro “Caminhos do Maciço”, a mais nova rota cearense a investir no turismo de experiência, uma modalidade que leva o visitante a se aprofundar nos costumes locais e que alia experiências históricas, culturais e gastronômicas a atividades específicas de cada município.

Projeto pensado para divulgar o potencial turístico local integrado à produção agrícola da Região, o objetivo é reorganizar espaços empresariais, focos econômicos e, principalmente, construir ferramentas de atendimento estratégico para a inclusão social e sustentabilidade da Serra, o “Caminhos do Maciço” pode levar você a propriedades seculares, que conservam a estrutura dos tempos áureos da cultura cafeeira desta parte do Ceará.

O CAFÉ NA MESA COMO ATRAÇÃO EM MULUNGU
É o caso da família Holanda, instalada no casarão construído em estilo clássico, que guarda móveis e utensílios da época e que preserva toda a história da nona geração da família. Lá, um café da tarde espera os visitantes, com bolos, arroz doce, pães caseiros e o famoso café, em meio à simpatia de todos os membros da família, que têm, com os visitantes, aquele carinho de quem adora receber. A hospitalidade é um traço familiar tão forte que os Holanda estão se organizando para, a partir de 2019, começar a receber os visitantes para eventos pontuais e espaços para atividades infantis.

Na pousada La Dolce Vita, no município de Mulungu, o foco do restaurante, além dos pratos à la carte que transitam bem pela herança italiana e a tradição da Serra, pode-se degustar batidas com frutas locais, com destaque para a mais exótica delas: a de café. Tudo isso num cenário bucólico a uma temperatura que chega, em algumas épocas, a variar entre 15 e 22 graus.

E para quem quer outras opções, uma dica é o hotel e restaurante Aketaton, mais conhecido como “O Alemão”, instalado em Mulungu, é referência em cozinha internacional, com pratos como joelho de porco, salsichões e peixes e um café da manhã que foca no tradicional e regional, com uma variedade de frutas, pães, bolos e bebidas, em meio a uma ampla estrutura que valoriza o que a Serra de Baturité tem como marca: a beleza das paisagens e a forma única de receber e tratar o visitante.

A PRODUÇÃO – insumos locais que fazem a diferença
Desde a água das nossas fontes ao café e a nossa produção agrícola, a região elabora sabores diferenciados que agregam valor à gastronomia e a visitação. Café também é o atrativo gastronômico especial do Sítio São Roque em Mulungu, desde 1913 uma referência no cultivo do café arábica sombreado, que brota em meio aos resquícios de Mata Atlântica. A visita ao local leva o visitante ao contato direto com todo o processo de beneficiamento do grão, desde o plantio até a torragem e degustação. Cercado por trilhas ecológicas, lá é possível visitar a capela particular, o belo jardim e o casarão, onde o cenário arquitetônico do século passado foi preservado. Da cozinha, sempre pronto, o café local, servido com bolos direto do fogão da fazenda.

Já no Sítio Águas Finas em Guaramiranga, desde 1939 pertencente à família Uchôa, a grande estrela é o Café Guará que, através dos tempos, vem aprimorando grãos e formas de beneficiamento, conferindo qualidade à marca. O cafezal, que avança terra adentro debaixo das ingazeiras e da mata preservada, convida a passear no ritmo da serra. Aqui, a degustação de frutas locais e do antigo café Guará – hoje Café Uchôa – rivaliza com receitas inspiradas como a que mistura banana e café num bolo irresistível.

EM TORNO DO FOGÃO À LENHA
Construída em 1858, a Casa do Sítio São Luís em Pacoti é outra herança visível dos tempos áureos do café na Serra de Baturité. A arquitetura imponente convida o visitante a viajar no tempo e a percorrer os ambientes repletos de histórias, contextualizadas na tradição do cultivo do café nos cenários regional e nacional.

Na sede da fazenda, a cozinha é um destaque: fogão à lenha, tacho de cobre, panelas de barro, chaleira fumegante... e o cheiro das deliciosas receitas de família como o bolo de café, pães e geleias. E tem mais: o sorvete servido com bananas assadas ao mel da serra, o creme de abóbora feito com queijo coalho e coco e a galinha caipira que sai direto para a mesa.

Os municípios da Rota do Café: Baturité, Guaramiranga, Mulungu e Pacoti conversam entre si trazendo o café como um diferencial temático do destino que abre infinitas outras possibilidades de atração entre o Caminhos do Maciço.

É o caso dos refinados pratos à la carte que integram a gastronomia de Guaramiranga, Baturité, Pacoti entre pousadas charmosas, restaurantes à la carte que brincam com os insumos locais, trazendo sabores diferenciados.

Falar da Gastronomia serrana é integrar tudo isso: cafés, cerveja, cogumelos, frutas e legumes com o cheiro da horta, que é o caso da produção de Aratuba.

SERVIÇO

- Sítio São Roque (Mulungu)
(85) 99414-6652

- Sítio Águas Finas (Guaramiranga)
(85) 98898-3233

- Sítio São Luís (Pacoti)
(85) 98616-9837

- Sítio Nova Holanda (Mulungu)
(85) 99985-7913

- Pousada e restaurante La Dolce Vita (Mulungu)
(85) 99404-9691

- O Alemão (estrada de Aratuba-Mulungu)
(85) 99176-4444

 

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