Novo Clube do Vaqueiro funcionará em Aquiraz

Proprietários querem inaugurar novo espaço em dezembro de 2019

Escrito por João Lima Neto , joao.lima@diariodonordeste.com.br

Um dos clubes mais frequentados pelos apaixonados por vaquejada e forró no Ceará fechou as portas. O terreno do atual Clube do Vaqueiro, localizado no município de Eusébio, será transformado em um loteamento. No domingo (15), a direção do empreendimento realizou a última derrubada de bois. Mais de 1,4 mil vaqueiros de diversas regiões do Nordeste participaram da "Última Vaquejada da História". Ao todo, os participantes disputaram R$200 mil em prêmios. Sob nova direção, a casa ganhará um novo endereço em 2019 no município de Aquiraz

Marcos Callu, novo diretor do Clube do Vaqueiro, revela que a casa será construída próximo à Praia do Iguape. “A região é cercada por hotéis e pousadas, o que vai facilitar a estadia de quem trabalha e curte o esporte. Nossa ideia é realizar duas vaquejadas por ano. Já fizemos um evento em Aquiraz e rendeu muito bem”. Segundo Callu, também serão articulados eventos de música no novo espaço.  “Estamos com previsão para inaugurar o novo Clube em dezembro de 2019”.  

Fábio Porcino, atual diretor do Clube do Vaqueiro, declarou que a especulação imobiliária avançou no município de Eusébio e deixou mais caro a realização da atividade. “Chegou a hora. Virou um local perto da cidade. Chegou a hora de ser um espaço onde vai ser um loteamento. Quem correu com cavalos no Clube vai poder morar”. Conforme Porcino, ao longo de 38 anos de atividades foram realizadas mais de 150 vaquejadas no espaço.  

No sábado (17), o cantor Wesley Safadão participou de uma das disputas finais por meio do Haras WS. Quem também esteve concorrendo foi o marido da cantora Simone, o empresário Kaká Diniz. Nos últimos anos, o Clube do Vaqueiro foi espaço da festa “Forró das Antigas”. Brucelose, Líbanos, Tropikália, Mastruz com Leite, Limão com Mel, Noda de Caju e Tropykália animaram o público que procurou a casa para dançar. 

Mercado 

Na avaliação do vice-presidente da Associação Cearense de Vaquejada (ACVAQ), Abelardo Ribeiro, o fim da casa representa impactos na criação de raças importantes de equinos, além da cultura de vaquejadas. “A raça de cavalo quarto de milha, por exemplo, cresceu muito na região por leilões realizados lá. Existe uma qualidade incrível de animais que passaram no evento. o Clube do Vaqueiro também era a casa dos amadores de vaquejada.  Por estar perto da Capital será uma perda grande. Vamos ter que buscar uma outra alternativa para transformar um parque na casa dos amadores cearenses e facilitar os eventos. O Clube era como o Maracanã para gente”. 

Marcos Lima, presidente da Associação Brasileira de Vaquejada (ABVQ), destaca que a essência da vaquejada será mantida independente do espaço. “O Clube é, de fato, um ícone para vaquejada, muito pela localização. Vejo é uma etapa nova para os proprietários em cima do terreno. A essência da vaquejada será mantida, mesmo fora do Eusébio. Vai deixar saudade por tantos anos sendo a casa dos apaixonados de vaquejada”. 

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