Aplicativo Banca da Mônica reúne acervo digital dos personagens de Maurício de Sousa

Suporte também fornece ao público serviço de assinatura online de revistas atuais, acervo histórico, além de edições especiais já publicadas

Escrito por Antonio Laudenir , laudenir.oliveira@diariodonordeste.com.br

Lançado no fim de 2018, o aplicativo "Banca da Mônica" apresenta aos leitores a versão digital de diversas histórias em quadrinhos dos personagens da Turma da Mônica. A proposta da iniciativa é expandir a paixão dos leitores pelos personagens, agora em terreno digital.

Curiosamente, o nome do app faz referência às bancas de revistas, um dos principais espaços de venda para as revistinhas de papel durante décadas.

A estratégia da Mauricio de Sousa Produções é recuperar uma fatia de mercado inserida no meio virtual, uma demanda já perceptível pelo interesse da empresa efetivar sua presença nas redes sociais e na linha de jogos eletrônicos.

A ferramenta é disponível para os sistemas operacionais Android e iOS e os planos de assinatura possuem preços distintos.

Trata de uma versão reformulada do "Caixa de Quadrinhos", lançado pela MSP em 2015. No terreno multimídia, Mônica e seus amigos carregam a tradição de constarem nas mais diversas plataformas. Estão nos desenhos animados, parques temáticos e novelas gráficas.

Em 2019, a turminha ganha as telonas com aguardada versão live action "Turma da Mônica - Laços". Resta saber se o aplicativo também acompanha o êxito de outros produtos da marca.

Funcionamento

O cadastro na Banca da Mônica é rápido. Basta um email e a criação de senha para ter acesso aos planos de assinatura disponibilizados. O "Pacote Turma da Mônica" custa R$ 24,90 por mês e inclui os atuais gibis da Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali e Chico Bento. Já a oferta "Turma da Mônica Jovem" sai por R$ 16,90 mensais.

Outra alternativa é a compra de edições especiais, como as coleções "Clássicos do Cinema" (R$ 6,90 por edição), "Graphic MSP" (R$ 16,90 por revista) e "Turma da Mônica Internacional" (R$ 16,90), com versões em inglês e espanhol. Por último, a linha mais comentada entre os fãs desse universo: o pacote "Acervo Histórico".

Ao divulgar o app, a MSP concentrou forças nesse plano. Oferece edições clássicas, lançadas entre 1950 e 2016, por R$ 3,50 ao mês. Há a possibilidade de assinar o serviço gratuitamente, por um período de 30 dias.

Legenda: Ferramenta está disponível para os sistemas operacionais Android e iOS e os planos de assinatura possuem preços distintos
Foto: Foto: Kid Júnior

Segundo os desenvolvedores, a assinatura destes planos é renovada automaticamente. Para desativar a renovação automática é necessário pelo menos 24h antes do período assinado chegar ao fim.

No tocante à leitura, mesmo os mais acostumados com a versão analógica, feita com o gibi em mãos, terão pouca dificuldade. O ato de passar as páginas emula uma HQ tradicional e a possibilidade de "zoom" nos quadrinhos é eficiente na busca dos detalhes de arte.

A dificuldade acontece para quem tem problemas de armazenamento em um celular, por exemplo. Uma revista simples chega a consumir até 13 MB.

Os problemas ao se manusear a Banca da Mônica surgem, de forma mais imediata, na experiência de busca das HQs. O "Acervo Histórico", vendido como uma oferta robusta de quadrinhos da Mônica, conta com poucas unidades e uma organização por número, ano ou década é inexistente.

Usuários criticaram a ausência de um plano familiar, no qual cada integrante de uma família, por exemplo, pode acessar suas revistas. Algo semelhante ao que acontece com serviços de música por streaming.

Legenda: Interface de fácil manipulação é destaque do aplicativo

Outras queixas sobre o app apontam a dificuldade de fechamento, sendo necessário em algumas vezes a reinicialização do aparelho. Outro ponto não ofertado é a capacidade de memorizar a última página lida.

"Banca da Mônica" possui interface de fácil manipulação, entrega uma leitura até digna das versões digitalizadas, porém, erra ao vender um produto cujo acervo seria completo.

Na dúvida, acompanhar a turminha no bom e velho papel ainda é um ótimo negócio. De preferência, indo até a banca mais próxima para isso.

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