Quadrilha presa com armas planejava executar rivais

Escrito por Redação ,
Legenda: Com o bando, foram apreendidos três revólveres calibre 38; duas espingardas calibre 12; três pistolas e mais de 200 munições
Foto: FOTO: SAULO ROBERTO

Uma quadrilha fortemente armada, desarticulada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), da Polícia Civil, em Fortaleza, no último domingo (22), planejava executar integrantes da facção criminosa rival. Quatro suspeitos foram presos em flagrante e um vasto material ilícito foi apreendido, inclusive oito armas de fogo.

Ao ser detido no bairro Itaperi, durante a tarde, o grupo confessou à Polícia que o plano era matar rivais que residiam na Serrinha, em vingança ao assassinato de um comparsa deles, no Parque Dois Irmãos, horas antes, na manhã daquele dia.

"Nós tiramos do seio da sociedade quatro integrantes pesados de uma facção, com cardápio criminoso que vai desde roubo, tráfico, associação para o tráfico, homicídio, e a gente evitou uma possível chacina", afirmou o titular da Draco, delegado Harley Filho.

A Polícia Civil não divulgou o nome das duas facções envolvidas. Entretanto, a Draco informou que já monitorava a organização criminosa desde que uma série de ataques contra ônibus e prédios ocorreu no Estado, no fim do último mês de março. Na época, os crimes foram reivindicados pelo Comando Vermelho (CV). "Depois dos ataques que aconteceram em Fortaleza, empreendemos no sentido de identificar os autores desses ataques e coibir novos ataques. As equipes chegaram à informação de que esses indivíduos estavam se reunindo para cometerem um atentado à facção rival. A investigação é muito dinâmica, quando as equipes estão em campo, não necessariamente elas não focam apenas em informações relacionadas somente àquele fato específico. A gente acaba descobrindo informações de outros crimes, foi o que aconteceu", revelou o adjunto da Especializada, delegado Alceu Viana.

As investigações levaram os policiais à uma residência localizada na Rua Nova Holanda, que servia de abrigo para os criminosos. Foram presos Albino Afonso Costa, de 38 anos de idade; Maike Serafim de Almeida, 23; Renato Silva de Paiva, 21; e Wellington Rodrigues dos Anjos, 19. Maike e Wellington chegaram a apresentar documentos falsos, mas acabaram descobertos.

Com o bando, foram apreendidos três revólveres calibre 38; duas espingardas calibre 12; duas pistolas Ponto 40; uma pistola 9 mm; mais de 200 munições para diversos calibres; carregadores de armas de fogo; 14 balaclavas; três coquetéis molotov; 5 litros de gasolina; um rojão; pequena quantidade de crack; balanças de precisão; celulares; um veículo Volkswagen Gol; e uma motocicleta.

Os quatro presos foram autuados pelos crimes de organização criminosa, posse ilegal de arma de fogo, tráfico de drogas, associação para o tráfico e porte ilegal de combustível. A dupla que tentou ludibriar os policiais com nomes fictícios ainda responderá por uso de documento falso.

Fugitivos

Três criminosos detidos na investigação da Draco eram fugitivos do Sistema Penitenciário cearense. Maike de Almeida e Wellington dos Anjos fugiram da Cadeia Pública de Quixeramobim. Enquanto Albino Costa escapou da Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor José Jucá Neto (CPPL III), em Itaitinga. A Unidade concentra presos ligados à facção Primeiro Comando da Capital (PCC).

Todos os suspeitos já possuíam antecedentes criminais. Albino já tinha passagens por roubo, formação de quadrilha, furto, resistência e desacato; Maike, por tráfico de drogas; Renato Paiva, por receptação, associação criminosa e associação para o tráfico; e Wellington, por homicídio, estupro e sequestro.

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