Polícia sofre atentado e prende dupla em operação

Escrito por Redação ,
Legenda: Ao abordar um suspeito e levá-lo até a Rua Titã, os policiais foram atacados. Houve troca de tiros e os investigadores pediram apoio à Ciops
Foto: Foto: Messias Borges

Um atentado contra uma equipe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, culminou em uma operação policial que cercou a comunidade do Serviluz, no bairro Cais do Porto, em Fortaleza, na manhã de ontem. Dois suspeitos foram presos e quatro armas de fogo, apreendidas. A população reclamou de abuso de poder dos agentes de segurança.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), uma composição policial realizava uma diligência em busca de cumprir um mandado de prisão contra Rodrigo Lima da Silva, o 'Lacraia', de 20 anos, suspeito de matar Francisco José Ferreira, o 'Ted', 43, no dia 5 de julho deste ano, no mesmo bairro. O foragido já tinha passagens pela Polícia por roubo e tráfico de drogas.

Ao abordar o jovem e levá-lo até um local onde estariam guardadas armas de fogo, na Rua Titã, os policiais foram atacados. Houve troca de tiros e os investigadores pediram apoio à Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops). Composições do Comando Tático Motorizado (Cotam), do próprio DHPP, da Unidade Tático Operacional (UTO) e do 9º DP (Vicente Pinzón) foram acionadas para a ocorrência, assim como um helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).

Os policiais realizaram um trabalho intenso de busca e capturaram outro suspeito. Francisco Danilo Nunes de Almeida, 20, foi preso com duas espingardas calibre 36 e dois revólveres calibre 38. Ele já respondia por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.

Diversos muros do Serviluz têm pichações da sigla 'CV', que simbolizam predomínio da organização criminosa Comando Vermelho na região.

Abuso de poder

A ação policial desagradou os moradores do Serviluz. Um homem contou que teve a residência invadida pela Polícia: "Apreenderam um facão e uma faca, que são meus instrumentos de trabalho. Eu vendo milho", explicou. "Entraram na minha casa. Tá tudo revirado, quebrado. Você sabe muito bem que a Polícia só pode entrar com mandado", criticou outro morador.

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