Preso pela Polícia, pistoleiro financiado pelo CV tinha "recompensa" de R$ 50 mil

Prêmio foi oferecido pelo grupo rival, o Primeiro Comando da Capital (PCC)

Escrito por Redação ,

Um pistoleiro autor de 11 homicídios e principal suspeito de outros 10, no Sertão Central Cearense, foi preso pela Polícia Civil na última quinta (9), em Quixadá. Isaías Maciel da Costa, vulgo “Mucuim”, de 24 anos, foi financiado pela facção Comando Vermelho (CV) para se especializar em disparos de armas de fogo. Grupo criminoso rival na região, o Primeiro Comando da Capital (PCC) colocou uma recompensa de R$50 mil pela vida dele.

Segundo o delegado titular de Quixeramobim, Hugo Leonardo de Lima, “Mucuim” confessou a participação na Chacina de Quixeramobim, em junho deste ano, que deixou quatro pessoas mortas. A cidade-natal do pistoleiro também foi palco para o assassinato do comerciante Leonardo Ribeiro, no dia 8 de agosto, fato que levou à prisão do suspeito.

“Mucuim” estudou a rotina da vítima por três dias e disse que só agiu quando recebeu ordens da facção. Ele utilizou uma farda da Enel Distribuição Ceará como disfarce e disparou três vezes contra o comerciante. Dois projéteis atingiram a cabeça e, um, o ombro de Leonardo, que morreu no local.

Prisão

Na fuga, “Mucuim” foi auxiliado por Aline Érika Bié, esposa de outro membro do CV, apontada como proprietária de um imóvel no bairro Alto São Francisco, em Quixadá, para onde eles se deslocaram após o assassinato do comerciante. Em operação conjunta, as Polícias Civis de Quixeramobim e Quixadá cercaram a residência, no dia 9 de agosto, e conseguiram capturar “Mucuim”.

O pistoleiro resistiu à prisão, lutando com os policiais, mas foi dominado. Com ele, foram apreendidas uma pistola Ponto 40, mais 36 munições do tipo; 68 munições Ponto 380, dois carregadores Ponto 40 e um carregador Ponto 380. 

O carro usado na fuga também foi apreendido. A Polícia descobriu que a placa era clonada de outro veículo de Fortaleza. “Mucuim” foi autuado por homicídio qualificado, dentre outros crimes, e ficará à disposição da Justiça para a persecução penal.

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