Padre acusado de exploração sexual de adolescentes no Cariri vai continuar preso

O relator do processo, o desembargador Henrique Jorge Holanda Silveira, destacou que a decisão foi negada para garantir a ordem pública

Escrito por Redação ,

O padre acusado de explorar sexualmente diversos adolescentes na região do Cariri em 2016 vai permanecer preso, de acordo com decisão da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), que negou habeas corpus ao pároco nesta terça-feira (21). Desde o início do processo a identidade e imagem do padre não foram divulgadas, a pedido do Ministério Público do Ceará (MPCE). 

Preso desde outubro de 2016, o réu cumpre sentença de dezembro de 2017, que o condenou a cumprir pena de 13 anos, sete meses e dez dias de reclusão, negando-lhe o direito de recorrer em liberdade.

O relator do processo, o desembargador Henrique Jorge Holanda Silveira, destacou que a decisão foi negada para garantir a ordem pública, "bem como a gravidade do delito considerando a continuidade delitiva e a repugnância da natureza do crime praticado, bem como a sua natureza hedionda”.

A defesa do padre afirmou que ele sofre constrangimento ilegal por ter sido negado o direito de recorrer em liberdade na sentença. Além disso, os advogados de defesa sustentaram que o padre possui boa índole, residência fixa, ocupação lícita e é réu primário. 

No entanto, a decisão da 3ª Câmara Criminal recusou o pedido de liberdade, de forma unânime e o relator afirmou que não há motivos novos para a soltura do réu. 

O padre abusava adolescentes no Crato e, principalmente, em Juazeiro do Norte, utilizando a condição religiosa para praticar atos libidinosos com os jovens. O acusado chegou a oferecer dinheiro em troca de favores sexuais e de material pornográfico. A denuncia contra ele partiu da mãe de uma vítima que foi abusada por ele. 

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