No velório de duas das vítimas, motivação para ataque ainda era dúvida para amigos e familiares

Segundo pai e amigos, Adenilton Ferreira, conhecido como 'Mascote', não tinha envolvimento com facções criminosas, mas ação do crime organizado não foi descartada

Escrito por Redação ,

Durante velório, amigos e familiares de Adenilton da Silva Ferreira, o 'Mascote', e Carlos Victor Meneses Barros, 23,  ainda comentavam com dúvida se as execuções na sede da Torcida Uniformizada do Fortaleza (TUF), onde a dupla foi morta na noite desta sexta-feira (9), teria ou não ligação com a ação de facções criminosas. Ambos não tinham antecedentes criminais.

Apesar da incerteza, as pessoas ouvidas pela reportagem descartaram o envolvimento das duas vítimas com células do crime organizado. Francisco Otacílio Ferreira, pai de Adenilton, comentou que o filho não tinha envolvimento com nenhuma das facções que operam na Capital, mas que não descarta a possibilidade do ataque ter sido coordenado.

"Eu acho que foi essas facções que ficam por aí, eu acho que seja. elas tão matando muita gente. Mas ele era menino direito, ele não tinha problema com nada.  Ele era muito trabalhador e nunca foi preso nem nada.  Eu pegava a moto todo dia muito cedo e deixava ele no trabalho", disse Francisco. 

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Segundo o pai, Adenilton se encontrava com amigos da TUF todas as noites para conversar, e que, vez por outra, ia até a sede da torcida organizada para participar dos eventos e festas organizadas na unidade da Vila Demétrio.

No entanto, para Francisco Gabriel Santana, amigos de Victor Meneses Barros, é pouco provável que o ataque à sede da TUF tenha alguma relação com as facções criminosas, já que nenhum dos jovens tinha envolvimento com o crime organizado.  

"Podia ser qualquer um que tivesse lá. Pode até ter acontecido algo por conta do torcedor que morreu no dia do último jogo, mas é algo que ainda está um oculto ainda. Mas eu conhecia os dois rapazes que foram mortos eles não faziam mal a ninguém", disse Santana.

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