'Não tem como o Estado aceitar uma ilegalidade', afirma delegado geral sobre greve

Andrade Júnior acredita que essa segunda paralisação da categoria ainda faz parte da greve deflagrada em 21 de setembro e decretada ilegal pela Justiça

Escrito por Redação ,

O delegado geral da Polícia Civil do Estado do Ceará, Andrade Júnior, afirmou, em entrevista à webTV do Diário do Nordeste - TV DN, nesta sexta-feira (28), que a greve dos policiais civis deflagrada na noite da última quinta (27) é ilegal e "não tem como o Estado democrático de direito aceitar uma ilegalidade".

Andrade Júnior acredita que essa segunda paralisação da categoria ainda faz parte da greve deflagrada em 21 de setembro e decretada ilegal pela Justiça no dia 27 daquele mês. No dia 29, os policiais civis encerraram o movimento paredista e as delegacias de todo o Estado voltaram a funcionar normalmente, até este 28 de outubro.

"O posicionamento, não apenas da Polícia Civil, mas de todo o Estado, e aí entendo como o Poder Executivo e o Poder Judiciário, é no sentido de que não podemos aceitar (a greve). Existe uma causa judicial que está tramitando no Tribunal de Justiça (TJCE). Tem um desembargador que tomou a decisão e não cabe questionar", reforçou o delegado geral da Polícia Civil.

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Policiais civis podem ser multados e ter pontos cortados durante greve

A Justiça determinou, em setembro, que os policiais civis que se manterem em greve serão penalizados com uma multa diária de R$ 800, e os dirigentes sindicais em R$ 3 mil. Além desse decreto, a categoria também pode ser alvo de uma decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que o Poder Público, independente da esfera, deve cortar o ponto de servidores grevistas desde o primeiro dia de paralisação.

"No primeiro momento, já temos logo a multa que foi estabelecida pelo desembargador do caso para policiais que insistirem em greve. No segundo momento, tem uma decisão recente do Supremo Tribunal Federal onde manda cortar o ponto do grevista e isso também vai ser feito", confirmou o delegado geral Andrade Júnior.

Andrade Júnior também falou sobre o impacto que a greve pode causar no 2º turno das eleições para prefeito de Fortaleza, que a votação acontecerá no próximo domingo (30); sobre a transferência de presos de delegacias para o sistema penitenciário; e sobre como a população deve se comportar diante de delegacias fechadas durante a greve dos policiais civis.

"Todo e qualquer movimento paredista é preocupante, principalmente quando envolve órgãos policiais, o que não pode. O Supremo Tribunal Federal (STF) já decretou que polícia não pode realizar greve", acrescentou o delegado geral.

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