Jovens mortos em chacina não tinham passagem pela Polícia por tráfico ou crimes violentos

Secretário de Segurança disse que a Polícia ainda está investigando se os crimes possuem ligação e pesquisas estão sendo feitas para tentar entender a escolha das vítimas

Escrito por Redação ,

O secretário de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Delci Texeira, afirmou, nesta sexta-feira (13), que, entre as 11 pessoas mortas na madrugada da última quinta-feira (12) na Grande Messejana, apenas duas tinham passagem pela Polícia por delitos de “potencial leve”, como acidente de trânsito e pensão alimentícia. 

O titular da pasta disse que a Polícia ainda está investigando se os crimes possuem ligação e pesquisas estão sendo feitas para tentar entender a escolha das vítimas. 

“Nós tivemos dois duplo homicídios, depois nós tivemos dois triplo homicídios, um desses acabou sendo um quádruplo, porque uma das pessoas veio a óbito depois, no hospital. Tudo isso está sendo investigado”, explicou. 

Três linhas ainda são investigadas

Conforme o secretário, as três hipóteses que teriam motivados os crimes continuam sendo investigadas. A primeira seria retaliação devido à morte do traficante Lindemberg Vieira Dias, morto na última quarta-feira (11), um dia após deixar o sistema penitenciário.

A segunda é que os assassinatos teriam sido motivados pela prisão, na última terça-feira (10), de Carlos Alexandre Alberto da Silva (38), vulgo ‘Castor’, que teria ordenado a morte dos seus delatores. A terceira seria uma vingança por parte dos policiais em decorrência do homicídio do soldado PM Walterberg Chaves Serpa, na noite desta quarta-feira (11), na Lagoa Redonda..

“Se isso se confirmar, para nós, será surpresa, porque primeiro, além de uma ação criminosa, seria até uma medida descabida porque o policial não foi morto por ser policial, ele não foi morto por estar de serviço. Lamentavelmente, a tragédia que envolveu nosso colega foi um o assalto a sua  esposa. […] Se essa linha for apontada na investigação, além de uma ação criminosa, teria seria uma ação descabida. Agora, nós vamos trabalhar com todas as linhas que aparecerem”, explica. 

Chacina é inaceitável, diz governador 

O governador Camilo Santana disse, após reunião do Ceará Pacífico nesta sexta, que é a chacina é inaceitável em todos os aspectos. Segundo o chefe do executivo estadual, uma investigação rigorosa está sendo feita e os responsáveis não devem ficar impune.

“É inaceitável sobre todos os aspectos o que aconteceu essa semana. Eu determinei uma investigação rigorosa, independente de quem seja o responsável, e nós não vamos deixar isso impune”, revela. 
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