Ex-coronel da PM conhecia piloto suspeito de envolvimento na morte de líderes do PCC

Felipe Ramos Morais abriu, em 2008, uma empresa com a filha do subcomandante Edson Luiz Gaspar.

Escrito por Redação ,

O piloto Felipe Ramos Morais, 31, suspeito de envolvimento com as mortes dos chefes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), Rogério Jeremias de Simone, o “Gegê do Mangue”, e Fabiano Alves de Souza, o “Paca”, tinha relação próxima com um ex-coronel da Polícia Militar de São Paulo. Felipe teve uma empresa com a filha do subcomandante Edson Luiz Gaspar, segundo o portal G1. 

Edson Luiz Gaspar dava coordenadas a mais de 400 policiais e respondia por quase 30 aeronaves do Grupamento de Radiopatrulha Aérea da PM de São Paulo. A filha dele, Tamires Correa Gaspar, abriu uma empresa, em 2008, aos 19 anos, em sociedade com Felipe Ramos Morais, que era sócio e administrador da G. F. Assessoria Aeronáutica Ltda.

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Tamires Correa Gaspar assinava apenas como sócia. De acordo com registro na Junta Comercial de São Paulo, Felipe foi retirado da sociedade em março do ano passado. O coronel Gaspar, agora aposentado, entrou no lugar dele. Conforme a reportagem do G1, os dois ficaram amigos numa rede social em março de 2012. 

As iniciais G e F, da G. F. Assessoria Aeronáutica, também aparecem na G. F. Helicópteros, outra empresa de Felipe Ramos Morais, que tem quatro helicópteros, dois deles envolvidos no transporte de drogas. A mãe e a irmã do piloto têm uma terceira empresa: a G. F. Táxi aéreo. Felipe foi preso na última segunda-feira suspeito de participar da morte dos dois criminosos do PCC

Ao Portal G1, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo disse que o Departamento de Investigações Criminais (Deic) está apurando a relação entre o piloto e o coronel.

Documento falso

Felipe é apontado pela polícia de São Paulo como piloto do PCC e já foi condenado por traficar cocaína usando um helicóptero. Na última segunda, ele foi encontrado usando o documento falso de outro piloto, que estava desaparecido e era suspeito de levar drogas do Paraguai para Goiás. 

O preso alegou à Polícia Civil que usava o documento falso por ter feito serviços para organizações criminosas e ter medo de ser encontrado por esses grupos.

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