Cerca de 800 detentos foram autuados nos presídios desde o início do ano no Ceará, diz secretário

Luis Mauro Albuquerque, responsável pela Administração Penitenciária, também comentou sobre projeto para agilizar processos de presos provisórios

Escrito por Redação ,

O secretário da Administração Penitenciária do Ceará, Luís Mauro Albuquerque, afirmou que cerca de 800 internos foram autuados por amotinamento, desacatos e apreensões de materiais desde o início de sua gestão à frente da pasta, em janeiro de 2019.

A declaração foi dada na tarde desta sexta-feira (22) durante o Workshop "Segurança: Sociedade Ativa, Fraternidade e Políticas Públicas", em Fortaleza.

"Todos os dias ocorrem algumas situações. Começou com a remoção dos televisores, retirada de lideranças dentro das galerias, e toda vez que alguém resistia ou amotinava, era responsabilizado por isso", disse o secretário.

Segundo Mauro Albuquerque, o combate ao crime organizado dentro das unidades prisionais com a retirada de regalias, entre outras medidas, impede que os criminosos lucrem dentro do sistema. "A gente trabalha para tirar essa força de dentro das unidades prisionais de onde os criminosos ganham muito dinheiro. Com isso a gente vai descapitalizar, fazer eles gastarem dinheiro", disse.

Julgamento de presos provisórios

O gestor da pasta informou ainda que está dando agilidade aos julgamentos de processos dos presos provisórios por meio de mutirões, em parceria com a Defensoria Pública. "Coloquei 36 advogados para revisar todos os processos de todos os detentos para a gente acelerar. Estamos realizando os procedimentos há, pelo menos, duas semanas. Começamos pelo IPPO 2 e vamos continuar por tempo indeterminado até que se encerrem todos os processos", concluiu.

Força Nacional

O secretário da Segurança Pública, André Costa, também presente no evento, comentou sobre a retirada da Força Nacional do Ceará, conforme anunciado pelo secretário Nacional de Segurança Pública, General Theóphilo. Segundo Costa, o cenário do estado é analisado diariamente e há praticamente um mês não é registrada nenhuma ocorrência de ataques. "A rotina está voltando à normalidade, houve uma queda no número de homicídios e roubos".

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