Ceará na rota internacional do tráfico

Escrito por Redação ,

Conforme a SSPDS, a origem das armas apreendidas no Ceará é variada, tanto nacional quanto internacional. A penetração de outros países, ainda que indireta, tem vestígios no Estado. Historicamente, como o Diário do Nordeste mostrou em maio do ano passado, duas grandes rotas fluviais partem da Colômbia, trazendo drogas, e da Venezuela, trazendo armamentos, em direção ao Brasil, através dos Rios Negro e Solimões, no Amazonas. De lá, o material segue por rodovias para o Ceará, Rio de Janeiro e Pará.

Um dos casos ilustrativos da rota é o de Amanda Nascimento Gouveia, de 23 anos, que, em abril de 2018, foi detida pela Polícia Federal (PF) na Rodoviária Internacional de Boa Vista, em Roraima. A mulher confessou ser integrante de uma facção criminosa e disse que as seis armas venezuelanas encontradas com ela, presas com fita adesiva a seu tórax, seriam trazidas para Fortaleza.

Pouco depois, em julho, foi confirmado que uma granada apreendida por patrulhas do Policiamento Geral Ostensivo (POG) no bairro Aerolândia, na Capital, pertencia ao Exército peruano, denominado Fuerzas Armadas del Peru. Duas semanas depois, outro artefato de procedência semelhante foi encontrado numa tentativa de ataque à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Maracanaú.

Em março de 2017, o Diário do Nordeste também publicou que um acordo de paz entre os guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o Governo poderia facilitar o acesso de criminosos cearenses a armas de grosso calibre. Antes do início do acordo, muitos revolucionários teriam se desfeito de fuzis e metralhadoras que chegaram ao Ceará através de uma rota dominada pela facção Primeiro Comando da Capital (PCC).


 

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