Mortes em ações da Polícia crescem 881% em cinco anos

Escrito por Redação ,
Legenda: Enquanto de janeiro a maio de 2013, morreram 11 pessoas, em igual período de 2018, aconteceram 108 mortes em intervenções policiais
Foto: FOTO: NATINHO RODRIGUES

À medida em que aumenta o número de policiais nas ruas, aumenta o número de mortes em intervenções da Polícia. Segundo dados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), de 2013 a 2018, houve um aumento de 881,8% nos homicídios deste tipo. As mortes cometidas por policiais em serviço foram multiplicados nove vezes em cinco anos.

A conta feita com base nos cinco primeiros meses de cada ano, mostra que, enquanto de janeiro a maio de 2013, morreram 11 pessoas, em igual período deste ano, a Pasta já contabilizou 108 casos de assassinatos causados por policiais.

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O último registro tinha sido o assassinato de Cícero Leonardo dos Santos Silva. A vítima trafegava na Avenida Castelo Branco e, após não responder à ordem de parada dada por policiais militares, foi alvejado a tiros. A família da vítima alegou que ele não teria atendido à Polícia, porque era surdo.

Infelizmente, nos últimos anos, várias outras pessoas foram alvejadas, por erros de policiais em serviço. Em 14 de março de 2017, a universitária Shyslane Nunes de Sousa, 24, foi atingida por três tiros, enquanto estava a poucos metros da sua casa, em Maracanaú. Cerca de cinco meses após a tragédia, a Perícia Forense do Ceará (Pefoce) concluiu que a bala que a atingiu saiu da arma de um dos policiais que atendia a uma ocorrência na região. Outras duas pessoas foram feridas na ação.

Outros casos ainda mais antigos mostram episódios fatais, envolvendo inocentes. Em 26 de janeiro de 2013, dois jovens foram baleados em uma festa de Pré-Carnaval, no bairro Ellery. Ingrid Mayara Oliveira Lima, 18; e Igor de Andrade, 16, morreram horas depois vítimas de disparos de PMs.

Três anos antes, em 2010, um dos cruzamento movimentado da área considerada nobre da Capital parou, escandalizado, com a morte de Bruce Cristian de Oliveira Sousa, e com o desespero do pai. Em 2010, o adolescente estava na moto com o pai, quando foi confundido com um assaltante, e morto pela PM com um tiro na nuca.

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