Líder de facção criminosa em Horizonte é capturado

Escrito por Redação ,
Legenda: A Polícia apresentou ontem a prisão de Francisco Régio de Souza, 30, o 'Severino' ou 'Gordinho'

O líder de uma facção, acusado de ataques criminosos a ônibus e prédios públicos e homicídios ligados à disputa pelo domínio do tráfico de drogas no Município de Horizonte, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), foi preso pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), da Polícia Civil, na última quinta-feira (29). A prisão foi divulgada apenas ontem, em coletiva de imprensa.

A investigação da Draco identificou que Francisco Régio de Souza, de 30 anos de idade, conhecido como 'Severino' ou 'Gordinho', ordenou o ataque a um ônibus, em Horizonte, no dia 19 de abril deste ano. A mando do líder da facção, um casal entrou no transporte e aguardou o veículo chegar em outro local, onde mais dois homens estavam em uma motocicleta.

A dupla interceptou o ônibus e obrigou que os passageiros deixassem o transporte. Em seguida, com ajuda do casal, os criminosos incendiaram o veículo. No dia seguinte, dois adultos e um adolescente foram capturados pela Polícia por participação direta no ataque criminoso.

O ataque de Horizonte foi uma das ações de um grupo criminoso na maior onda de violência contra o Estado na história do Ceará, registrada entre 19 e 21 de abril do ano corrente, quando 23 ônibus foram queimados na Capital, Região Metropolitana e no Interior. A autoria dos crimes foi reivindicada pela facção criminosa Guardiões do Estado (GDE).

"Através de um grupo de um aplicativo de troca de mensagens, ele (Régio) expediu um 'salve', que é uma espécie de comando, para que os faccionados atacassem um ônibus na Região Metropolitana de Fortaleza", detalhou o delegado adjunto da Draco, Alceu Viana.

Homicídio

Francisco Régio ainda é investigado pelo assassinato do jovem que foi apreendido no dia 20 de abril último. 'Lágrima', como era conhecido o adolescente, foi morto a tiros em Horizonte, no dia 17 de novembro deste ano, porque teria "rasgado a camisa da facção", ou seja, teria deixado a organização criminosa que era membro por uma rival. Segundo uma testemunha, o autor do crime foi Régio.

Conforme o titular da Draco, delegado Harley Filho, o preso participava de uma espécie de 'Tribunal do Crime' da facção em que era um dos líderes: "Eles entram em um determinado acordo e decidem a punição tanto dos faccionados rivais, quanto dos próprios faccionados que, às vezes, não atendem a uma determinação dos líderes locais".

Além desses crimes, Régio já tem passagens por homicídio, roubo e tráfico de drogas e era alvo de investigação de outras especializadas da Polícia Civil, como a Divisão de Combate ao Tráfico e a Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas.

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