Facção perde força após cúpula ser desfeita

Escrito por Redação ,

Depois de uma série de ações ousadas, algumas de extrema violência, a facção Guardiões do Estado (GDE), pode estar chegando ao fim, segundo uma fonte da Inteligência da Secretaria de Segurança Pública e defesa Social (SSPDS). Com a morte ou prisão dos principais líderes da organização, os membros que integravam os escalões mais baixos estariam iniciando uma debandada, tanto nos presídios, quanto nas ruas. 

A GDE nasceu no Conjunto Palmeiras, em Fortaleza, no ano de 2015, a partir de uma dissidência dentro do Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior facção do País. Auricélio de Sousa Freitas, o ‘Celim’ foi o articulador da divisão, segundo a fonte. Ele propôs que o grupo cearense distribuísse, no Estado, a droga proveniente da organização nascida em São Paulo; e, em troca, nenhum membro pagaria a mensalidade cobrada pelo PCC em todo o País. O objetivo da parceria era dominar o território estadual para o tráfico de drogas e eliminar a atuação do Comando Vermelho, no Ceará.

> Líder da GDE mudará de presídio, após sofrer ameaças

No entanto, dos traficantes reunidos em torno do plano de ‘Celim’, apenas João Bosco da Rocha, o ‘João Presinha’, apontado pela Polícia Civil como o principal traficante da Comunidade do Lagamar, está em liberdade. Apesar de ter conseguido arregimentar muitos membros, especialmente adolescentes e jovens, a estrutura da GDE está ameaçada pela falta de comandos. 

“Uma coisa era a GDE quando foi montado o consórcio pensado pelo ‘Celim’, para a negociação de drogas; outra muito diferente é a GDE de hoje, comandada pelos substitutos desses grandes traficantes, que não têm a mesma força. Eles estão agindo de forma descontrolada, desconectada. Por isso os membros estão querendo sair do esquema. Agiram de forma muito violenta e agora estão temendo as represálias”, explicou. 

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.