Duas travestis são executadas a tiros

Escrito por Redação ,

Duas travestis foram mortas a tiros, na noite da última quinta-feira (31), nos bairros Pajuçara e Luzardo Viana, localizados no Município de Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Os executores das vítimas não foram localizados, ou identificados pela Polícia, até a noite da última sexta-feira (1º).

Conforme informações da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), a primeira vítima foi identificada, extraoficialmente, como Nayra Matos. Ela foi encontrada sem vida, em uma rua, após ter sido atingida com disparos de arma de fogo, no bairro Pajuçara.

A segunda travesti, conhecida apenas como ‘Patrícia’, de 48 anos, registrada oficialmente com o nome de Jocélio Lourenço Pereira foi alvejada por vários tiros, que teriam sido efetuados por dois homens. O crime aconteceu dentro da casa onde a vítima residia. Conforme a SSPDS, a travesti tinha passagens pela Polícia por roubo e injúria.

Testemunhas informaram que a ‘Patrícia’ estava em uma comemoração familiar, no momento em que houve uma discussão, contornada por amigos e vizinhos. Por volta das 20h do dia do crime, um homem não identificado, que estava em uma bicicleta, chegou à Rua G, no bairro Luzardo Viana, em frente à residência da vítima. ‘Patrícia’ e o desconhecido conversaram durante alguns minutos e, em seguida, ele efetuou vários disparos contra a travesti, que morreu imediatamente. 

Investigação 

A SSPDS informou que a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga os casos, no intuito de identificar e capturar os envolvidos nos dois crimes. A Especializada instaurou um inquérito policial para apurar se existe alguma ligação entre as duas execuções, bem como apurar as motivações das mortes das travestis.

Entre janeiro e dezembro do ano de 2017, pelo menos 19 travestis foram executadas em todo o Estado do Ceará, de acordo com dados do Centro de Referência LGBT Janaína Dutra, da Prefeitura de Fortaleza. 

 

A SSPDS informou que a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o caso, no intuito de identificar e capturar os envolvidos nos dois crimes

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