Dois fuzis são apreendidos em operação federal nos portos do Ceará

O motorista do automóvel, que transportava as armas, foi preso em flagrante e terá que prestar esclarecimentos sobre o porte ilegal de arma de fogo. A operação nos portos do Mucuripe e Pecém segue sem data para acabar

Escrito por Redação , seguranca@verdesmares.com.br

Dois fuzis foram apreendidos, na última quarta-feira (6), no Distrito do Pecém, em São Gonçalo do Amarante. A ação é resultado da operação realizada pela Receita Federal, com apoio da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Ministério Público Federal (MPF), nos portos do Ceará. A informação foi confirmada pelo procurador da República e coordenador do Núcleo Criminal do MPF, Carlos Wagner.

Em entrevista ao Sistema Verdes Mares, Wagner revelou que as duas armas de grosso calibre foram encontradas em um veículo que transportava uma carga para um dos portos que são alvos da operação. O motorista do automóvel foi preso em flagrante e terá que prestar esclarecimentos sobre o porte ilegal de arma de fogo. O procedimento nos portos cearenses ocorre desde a última terça-feira (5), e não tem prazo para acabar.

O procurador da República afirmou que a ação é genérica para fiscalizar a segurança dos empreendimentos: "O objetivo da operação não é um alvo específico, é uma operação geral para verificar toda a segurança que o porto confere, a confiabilidade e propor algumas melhorias".

Fiscalização

A operação segue em curso e terminará apenas quando os investigadores conseguirem fiscalizar os dois portos por completo. De acordo com o procurador, ação foi deflagrada pela Receita Federal, com apoio dos outros órgãos, para aproveitar a presença de mais de 200 homens da PRF no Ceará - já que foram convocados para combater a série de ataques iniciada desde o dia 2 de janeiro de 2019.

"É importante dizer que a operação tem caráter preventivo, para mostrar a presença do Estado na fiscalização dos portos, que está atento a qualquer ilícito, para mostrar a preocupação com a segurança do transporte e evitar exportação de droga e importação de contrabando", destaca o coordenador do Núcleo Criminal do MPF. O procedimento busca identificar falhas na segurança e vigilância que beneficiam traficantes e contrabandistas que se aproveitam dos portos cearenses.

São, pelo menos, 20 agentes envolvidos no trabalho de vigilância e monitoramento, diz a PF. Não foram repassados mais detalhes sobre a operação, que está sob comando nacional. Além dos agentes federais, o efetivo conta com o trabalho de cães farejadores nas buscas.

Aduaneiros e a tripulação dos navios são os principais alvos para serem cooptados por traficantes e contrabandistas. A intenção dos órgãos é que a atuação policial iniciasse sem o conhecimento dos funcionários dos portos. A ação segue em busca, principalmente, de flagrantes de tráfico de drogas nos portos cearenses, da Capital e da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

Contêineres, principal meio utilizados por contrabandistas, seguem sendo vistoriados até o fim da operação. A ação dos traficantes, muitas vezes, consiste em desviar esses depósitos para por a droga.

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