Confira as ações e negações do governo sobre o caso das facções no Estado
Índices de homicídios
Após divulgar os números de homicídios registrados em janeiro de 2016, o governador Camilo Santana afirmou que a queda, em relação a igual período de 2015, era resultado de políticas públicas do Estado. Ele negou que a diminuição tivesse relação com a pacificação das facções. Em 2017, o governador reconheceu o impacto causado pela guerra das facções e disse que a maioria dos crimes era ordenada por grupos organizados
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Avanço das facções
Em janeiro deste ano, em entrevista ao Diário do Nordeste, o atual titular da SSPDS, André Costa, afirmou que as facções criminosas existiam no Estado, antes de sua gestão à frente da Secretaria. "Em 2014, o Servilho Paiva (à época secretário) negava a presença das facções no Estado, agora ele já diz que existiam", afirmou
Rompimento das facções
No dia 19 de outubro de 2016, detentos das Casas de Privação Provisória de Liberdade III e IV, em Itaitinga, se rebelaram. O bairro Sapiranga, o primeiro a firmar a paz entre as facções, em Fortaleza, registrou vários tiroteios e mortes naquele mês. Diante da repercussão do caso, o governador disse que o Estado tinha controle sobre os presídios. Porém, em janeiro de 2017, a Sejus precisou realizar a divisão das unidades para evitar massacres entre os presos
Expulsão de famílias de casa
Em junho de 2017, quando praticamente toda a Comunidade da 'Cidade de Deus' havia sido esvaziada a mando da GDE, a reportagem questionou a SSPDS sobre o êxodo forçado e a Pasta respondeu que "se as denúncias forem feitas, a Polícia ocupará as áreas com tropas especiais". A Defensoria Pública do Ceará estima que mais de 500 pessoas estejam desabrigadas. Em agosto deste ano, a Polícia Civil divulgou a prisão de 22 suspeitos de envolvimento nas expulsões