Evolução do manzuá para preservação

Escrito por Redação ,

O custo é o mesmo, mas o benefício é muito maior. Com o intuito de preservar o meio ambiente, o proprietário de embarcações de pesca, Luiz Pires, resolveu testar o PVC como matéria prima para a construção dos manzuás, tradicionalmente feitos de madeira e arame ou nylon.

De acordo com ele, o objetivo era parar de utilizar a madeira, que provém da Mata Atlântica. Além disso, a durabilidade da madeira é muito pequena, apenas sete meses, enquanto que o PVC resiste até por quatro anos. "Encontramos uma fábrica de PVC em Maracanaú e levamos a ideia. Lá, desenvolveram esse manzuá. Fizemos uma experiência, o uso foi aprovado e passamos a fabricar em larga escala", explica Luiz.

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A novidade já chegou para os grandes produtores de lagosta, em municípios como Icapuí, Aracati, Itarema e Tremembé. Cerca de 2 mil manzuás de PVC já foram vendidos. O proprietário de embarcações afirma, ainda, que um dos grandes benefícios é o tamanho da malha da tela em PVC. São dois centímetros maior quando comparada ao arame, o que faz com que os peixes pequenos não fiquem na armadilha.

Reciclável

Além disso, depois de três ou quatro anos, quando o material deve ser trocado, nada se perde: a tela velha será moída na fábrica e transformada em nova, sendo um equipamento totalmente reciclável.

"Nosso intuito é não continuar agredindo o meio ambiente. É proibido cortar e transportar madeira. Queremos dar uma nova vida para a Mata Atlântica, temos que procurar meios para proteger a natureza", defende Luiz Pires.

O seu Raimundo Alexandrino, montador dos novos manzuás, também agradece: segundo ele, o material é melhor de trabalhar por ser mais alto, proporcionando mais conforto à sua coluna.