Ceará fica livre da aftosa em 2020

Escrito por Redação ,
Legenda: Em maio, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) declarou o Brasil como país livre da febre aftosa com vacinação. O País deve ficar livre da doença sem vacinação somente a partir de 2023
Foto: Foto: Natinho Rodrigues

Iguatu. O Ceará caminha, junto a outros Estados do Nordeste, para ser área livre de aftosa sem vacinação a partir de maio de 2020. É esse o esforço da Agência de Defesa Agropecuária (Adagri), conforme prevê o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA). Em todo o País, esse status deve ser obtido a partir do primeiro semestre de 2023.

Na primeira etapa da campanha de vacinação deste ano contra a doença, realizada em maio e prorrogada até 15 de junho, foram vacinados, no Ceará, 91,49% de 2.519.513 animais (bovinos e bubalinos), ou seja, 2.305.004. O número de búfalos registrados no Estado é de apenas 1.300 cabeças.

O Brasil imunizou, na última campanha, 197,87 milhões de animais, atingindo cobertura vacinal de 98,33% do rebanho de bovinos e bubalinos. Nesta fase, o número de animais envolvidos era de 201,2 milhões. Os números foram publicados, recentemente, pela Divisão de Febre Aftosa e outras Doenças Vesiculares (Difa) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Desde o encerramento da etapa de maio que o Mapa e os serviços veterinários oficiais nos Estados intensificaram a busca pelos produtores que ainda não imunizaram seus rebanhos, para aumentar a cobertura vacinal.

A previsão é que, na segunda etapa da campanha, que na maioria dos Estados começa em 1º de novembro, a imunização envolva 100 milhões de animais da faixa etária de até 24 meses.

Em maio passado, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) declarou oficialmente o Brasil como país livre da febre aftosa com vacinação. Santa Catarina já tem o status de livre da doença sem vacinação. É a exceção no País.

A campanha foi prorrogada pelo Mapa até o dia 15 de junho por causa da greve dos caminhoneiros, que atrapalhou a distribuição. "Superamos a meta e estamos vigilantes, realizando busca ativa nas fazendas, aplicando autos de infração para quem não vacinou ou não informou", disse o coordenador do Programa Estadual de Erradicação da Aftosa, médico veterinário Joaquim Sampaio Barros.