Wagner denuncia falta de coerência

Escrito por Redação ,

Recém-filiado ao PROS, o deputado Capitão Wagner foi à tribuna da Assembleia Legislativa, ontem, reclamar de ter sido "usado" por aliados, para negociar o seu ingresso em partidos divididos quanto ser oposição de fato e governista. Ele fez questão de dizer que faz oposição à atual gestão e questionou qual é de fato o posicionamento das demais legendas. Segundo Wagner, alguns partidos se declaram opositores, mas mantêm em seus quadros apoiadores do governo. Ele cobrou coerência e "união" da oposição.

Um dos motivos que levaram Wagner a deixar o PR foi, justamente, o fato de que alguns filiados estavam alinhados ao Governo Camilo, tanto que o partido, antes na oposição, sob o comando do então presidente Lúcio Alcântara, passou para a base governista, agora, sob o comando da deputada federal, Gorete Pereira.

Secretário

No PROS, por outro lado, o parlamentar disse que a direção nacional lhe deu "liberdade de transformar esse partido em um partido grande", admitindo, realmente, ser candidato ao Governo se os partidos de oposição realmente se comprometerem em fazer oposição, tendo coerência, o que não está acontecendo no momento.

"Infelizmente, na regra geral, os políticos não conseguem se manter longe das tetas do Governo Federal, do Governo Estadual, do Governo Municipal. Queria chamar os partidos que se dizem de oposição, que sejam de oposição, de fato. Não dá pra ter o PSDB me apoiando e o prefeito declarando voto no Camilo", para a reeleição.

Wagner perguntou, em seu discurso, quais são os partidos que, "de fato", fazem oposição no Estado. Ele criticou os parlamentares que se dizem opositores, mas apoiam candidatos ligados ao governo estadual, como o senador Eunício Oliveira (PMDB). Ele, ainda, destacou uma reunião, segundo ele, de mais de uma hora, entre Eunício e o tucano, Raimundo Gomes de Matos, para "convencer" o deputado a ir o PMDB, "oferecendo benesses". Ele cobrou uma "atitude" do partido quanto a isso e ter Maia Júnior como secretário de Camilo. Carlos Matos (PSDB) não estava no plenário no momento do discurso de Wagner.

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