Suplentes efetivados querem a reabilitação

Eles buscam reforçar as bases eleitorais para evitar o insucesso do último pleito, após alguns anos de mandato

Escrito por Redação ,
Legenda: Nesta Legislatura, a Assembleia acolheu o maior número de suplentes dos últimos anos, por conta das eleições municipais e licenças de titulares
Foto: FOTO: JOSÉ LEOMAR

Eles já foram prefeitos, têm histórico familiar na política local ou já estão há décadas no Legislativo cearense. No entanto, no pleito de 2014 não alcançaram êxito em suas postulações, ficando na suplência, e foram beneficiados posteriormente com alterações que ocorreram nos quadros da Assembleia Legislativa, por conta da eleição municipal ou de licenças de titulares. Atualmente, a maioria pretende tentar reeleição, mas há quem queira voos mais altos partindo para uma disputa à Câmara Federal.

Dentre aqueles que não conseguiram se reeleger no último pleito estão os petistas Dedé Teixeira e Rachel Marques, que ficaram, respectivamente, na quarta e quinta suplências da coligação proporcional que apoiou a candidatura do governador Camilo Santana (PT).

Prefeito por três mandatos no Município de Icapuí, Dedé Teixeira conseguiu construir, ao longo de suas gestões, estrutura para ser deputado por duas vezes. No entanto, em 2014, não obteve o mesmo êxito. Naquele ano ele obteve pouco mais de 37 mil votos, ficando atrás de Fernando Hugo (PP), Professor Teodoro e Leonardo Pinheiro (PP). O parlamentar foi efetivado em janeiro do ano passado, após posse de ex-deputados que se elegeram prefeitos no pleito de 2016.

Federal

Outro petista que não se saiu bem na disputa de 2014 foi Manoel Santana, atualmente na Assembleia por conta do pedido de licença, de até quatro meses, solicitado pelo deputado Robério Monteiro (PDT). Santana obteve pouco mais de 31 mil votos no pleito passado, mesmo tendo sido prefeito do Município de Juazeiro do Norte de 2009 a 2012. O parlamentar, inclusive, tentou reeleição para a Prefeitura na disputa municipal de 2012, mas foi derrotado pelo candidato do PMDB, Raimundo Antonio de Macedo, o "Raimundão".

Rachel Marques, também do PT, foi eleita em 2002 e reeleita em 2010. No entanto, em 2014, com quase 36 mil votos obtidos, ficou na quinta suplência da coligação que apoiou o governador Camilo Santana. Para ela, os ataques que o Partido dos Trabalhadores sofreu naquele ano fizeram com que ela perdesse os chamados "votos de opinião", principalmente, na Capital.

De acordo com a parlamentar, porém, caso o partido não tivesse se coligado com outras legendas, ela teria sido eleita. Para este ano, Marques tem a pretensão de se candidatar a deputada federal, e irá para a disputa na certeza de que expandiu os municípios onde tinha apoios, bem como a construção de novas alianças, como a que fez com o deputado Osmar Baquit (PDT), até então seu principal adversário político no Município de Quixadá.

Fernando Hugo Colares, atualmente no PP, há quase três décadas é deputado na Assembleia Legislativa. No pleito de 2014, ele ficou na terceira suplência da coligação governista. O parlamentar atribui seu baixo desempenho nas urnas naquele ano ao fato de ter sido "antipetista" e estar alinhado a um partido, o Solidariedade, que fazia parte da chapa que dava apoio a Camilo Santana, do Partido dos Trabalhadores.

Efetivado

Ainda de acordo com o parlamentar, ele não recebeu recursos para divulgação de sua campanha pela coligação. Apesar de não ter tido êxito no pleito passado, ele disse ser pré-candidato e quer retornar à Casa Legislativa "pela paixão que tenho pela política, de debater em busca de um Ceará melhor".

O deputado Leonardo Pinheiro é o que tem menos vivência no parlamento cearense. Apesar de ter sido eleito no pleito de 2010, o parlamentar não obteve êxito na disputa de 2014, ficando na primeira suplência da coligação governista.

Ele se candidatou pela primeira vez em 2006, pelo Partido Humanista da Solidariedade (PHS), ficando na segunda suplência. Chegou a assumir como deputado por quatro meses, com licença solicitada pelo então deputado Francisco Caminha. 

Na eleição de 2010, foi eleito deputado estadual pelo Partido da República (PR), e em 2014, candidato pela terceira vez, pelo Partido Social Democrático (PSD), ficou na primeira suplência. Foi efetivado meses depois devido a morte do deputado Welington Landim. Atualmente, Pinheiro é vice-líder do Governo Camilo Santana na Assembleia, e hoje está filiado ao Partido Progressista (PP).

Todos esses parlamentares que ficaram como suplentes no pleito passado, hoje efetivados, estão na base de apoio ao Governo do Estado e integrarão uma das coligações da base aliada. Em comum, eles têm novas estratégias para a recuperação dos mandatos, além do compromisso do Governo de ajudá-los na luta pela conquista dos votos necessários às respectivas eleições.

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