Projeto de ministro libera porte de armas por policiais durante voo

Palácio do Planalto vai trabalhar para derrubar a proibição de porte de armas por policiais em aviões

Escrito por Redação ,

Jair Bolsonaro deve ter alta médica até o fim desta semana em São Paulo e, ao voltar ao batente em Brasília, terá de conseguir apoios para projetos prioritários dos 100 primeiros dias de seu Governo no Congresso. Além da proposta de reforma da Previdência e do pacote anticrime já apresentado pelo ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública), o Palácio do Planalto vai trabalhar para aprovar a permissão para policiais portarem armas em aviões, durante voo.

Nesta segunda-feira, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), defendeu o projeto de sua autoria que libera o porte de armas para policiais em voos. Segundo Lorenzoni, os próprios pilotos relatam as frágeis condições de segurança dentro dos aviões e têm receio de invasão da cabine.

Uma resolução em vigor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determina que só podem entrar armados os agentes públicos que comprovem estar realizando escolta de autoridades, testemunhas e passageiros em custódia. "Os pilotos reconhecem os comandantes. Muitos falam comigo que eles têm receio. É muito frágil aquela porta. Mete o pé na porta, está dentro da cabine. Aí como é que faz para se defender?", questionou Lorenzoni.

Crítica

O ministro comparou a situação brasileira com a dos EUA, onde, segundo ele, agentes andam armados nos voos. E criticou a Anac.

"Agente do Exército, policiais federais, quando vão para um avião, eles não podem fazer o embarque armados. Isso historicamente sempre se pôde fazer no Brasil. A Anac tomou decisão que eu acho que é equivocada. O policial treinado, armado dentro do avião, é uma garantia para a vida, a segurança das pessoas. Se eles podem andar aqui, e aqui eles fazem a segurança das pessoas, por que eles não podem entrar lá em cima, ou dentro do trem ou dentro do ônibus?", completou o ministro de Bolsonaro.

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