Para Cid, debates irão favorecer Ciro Gomes

Candidato ao Senado, o pedetista, que participa da campanha do irmão, fez críticas a Fernando Haddad e Jair Bolsonaro

Escrito por Redação ,
Legenda: O ex-governador, candidato ao Senado pelo PDT, encerrou, na sexta-feira (21), a série de entrevistas do telejornal "Diário na TV", da TV Diário, com postulantes ao cargo de senador pelo Ceará neste ano
Foto: Foto: José Leomar

Principal apoiador de Ciro Gomes (PDT) no Ceará, o ex-governador e candidato ao Senado Cid Gomes (PDT) afirmou ao Diário do Nordeste que o irmão é a "terceira e definitiva onda" do processo eleitoral e que se, nas próximas duas semanas, com participação em debates, ele consolidar ida ao segundo turno, tem "forte chance" de ser eleito o próximo presidente do Brasil. Na avaliação do pedetista, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) é despreparado para governar o País e apostar em Fernando Haddad (PT) seria um retorno a "todo o esquema do PT".

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Para o pedetista, uma das vagas no segundo turno "será representada por Bolsonaro". No entanto, ele argumentou que a outra vaga ainda não foi definida e lembrou o pleito de 2014, quando as então candidatas Dilma Rousseff e Marina Silva apareciam na primeira e segunda posições nas pesquisas de intenções de voto. Semanas depois, o segundo turno foi disputado por Dilma e Aécio Neves.

"Na hora definitiva em que as pessoas vão pensar um pouco mais, o Ciro tem tudo para conquistar essa vaga. O Brasil está dividido meio a meio, regionalmente, inclusive. No Nordeste, o que tem medo não quer de jeito nenhum o Bolsonaro e acha que o Ciro é melhor", sustentou.

Para o ex-governador, as candidaturas de Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Álvaro Dias (Pode) e Henrique Meirelles (MDB) já estão fora da disputa, e caberá àqueles que sobraram disputar cada um dos votos desses concorrentes.

"O Bolsonaro é uma incógnita, uma pessoa despreparada, que se mostra o antipolítico, mas é deputado federal com mandato de mais de 20 anos. O Haddad, em última análise, é uma volta a todo o esquema do PT, se for vitorioso. São duas alternativas complicadas", criticou.

Cid esteve em São Paulo na última semana dialogando com correligionários da campanha presidencial, porém, ele negou que tenha conversado com qualquer um dos outros candidatos na disputa. Segundo ele, nenhum vai desistir para apoiar outro candidato, mas o pedetista voltou a afirmar que os simpatizantes de quadros de outros partidos não querem a eleição dos nomes do PSL ou do PT.

O prefeito Roberto Cláudio (PDT) é outro que tem se dedicado à campanha de Ciro Gomes no Estado. Na avaliação de Cid, por conta desse apoio, o presidenciável deve ser o primeiro colocado no Ceará. Ele destacou, ainda, que o governador Camilo Santana (PT) tem atuado como pode na campanha em prol de Ciro Gomes, mas ressaltou que a situação do petista é complicada, visto que o PT também tem candidato na disputa presidencial e pontuou bem nas últimas pesquisas.

Sem constrangimento

Cid reafirmou que não quer criar constrangimento ao aliado e disse compreender que o petista esteja fazendo campanha tanto para Haddad quanto para Ciro. Para ele, Camilo poderia perder votos caso apoiasse apenas um nome, visto que o eleitorado do presidenciável se afastaria da campanha. "Por mim, ele faz atividade para os dois".

Para Cid Gomes, o último debate na televisão, que deve ocorrer no dia 4 de outubro, na TV Globo, será decisivo para a escolha do eleitor. Ele avalia que, pela proximidade do pleito, o eleitorado vai refletir mais sobre as eleições. Candidato ao Senado, o pedetista também criticou a quantidade de partidos existentes no Brasil.

De acordo com ele, uma reforma partidária é inevitável neste momento, e o fim das coligações proporcionais, a partir de 2020, terá papel fundamental na redução do número de legendas. Para Cid, o voto distrital misto fortalece partidos e democratiza escolhas internas. "O cenário é muito ruim hoje, mas sou otimista".

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