TSE manda remover da internet 35 'fake news' que atacam Haddad

Dentre os conteúdos das postagens estão sexualidade, economia e religião

Escrito por Folhapress ,

O ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Carlos Horbach, determinou ao Facebook e ao Google, neste sábado (6), que removam da internet em até 24 horas 35 publicações com conteúdos falsos ou montagens grosseiras contra o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad.

Horbach atendeu parcialmente a um pedido feito na quinta (4) pela coligação de Haddad, que abriu um canal para que internautas pudessem denunciar possíveis "fake news". Em parte dos links denunciados ao TSE, o ministro não viu irregularidades, mas, em outra parcela, o ministro considerou haver indícios de ilicitude.

Além da remoção dos conteúdos, Horbach determinou que o Facebook e o Google forneçam à Justiça o IP (número identificador) dos computadores usados, os dados cadastrais dos detentores dos perfis nas redes sociais e outras informações sobre acesso à rede.

O conteúdo das postagens está relacionado a oito temas, como "crianças" — informação de que Haddad quer que as crianças sejam propriedade do Estado —, "sexualidade" —notícia falsa de que o petista vai distribuir mamadeiras com bico de pênis —, "economia"  — Haddad irá confiscar a poupança — e "religião"  — Manuela d'Ávila, candidata a vice, vestindo camiseta de Jesus travesti.

Há também links pedindo voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não é candidato, atribuindo a ele o número 17, que é do presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro. A decisão de Horbach é uma das de maior extensão que o TSE proferiu nestas eleições. O tribunal não teve êxito na contenção da disseminação de "fake news". A corte informou que abriu 19 processos, em tramitação ou já encerrados, sobre notícias falsas durante a disputa deste ano.

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