Seis nomes ligados ao Ceará no Governo Bolsonaro

Com General Theophilo e Mayra Pinheiro, aumenta o número de representantes cearenses na formatação do futuro Governo

Escrito por Redação ,

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) está na reta final de montagem do corpo ministerial que terá como base a partir de 2019, e o Ceará tem, até o momento, ao menos seis quadros de malas prontas para o Planalto. Nesta terça-feira, a equipe do militar anunciou para pastas estratégicas o General Theophilo e a médica Mayra Pinheiro, que foram candidatos no pleito deste ano no Estado. Um sétimo nome pode ser confirmado em breve: o deputado federal Danilo Forte (PSDB) informou ter sido convidado pelo futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para cargo de articulação voltado ao Nordeste.

> Danilo Forte é convidado para cargo de articulação voltado ao Nordeste no Governo Bolsonaro

Postulante ao Governo do Ceará pelo PSDB contra o reeleito Camilo Santana (PT), Guilherme Theophilo foi anunciado pelo futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro para a Secretaria Nacional de Segurança Pública.

“Tem uma larga experiência, um longo currículo de trabalhos relevantes efetuados no Exército e, mais do que um homem de ação, queria um homem de gestão”, destacou, ao incumbir o militar reformado de “padronizar procedimentos” no Brasil e “resguardar as autonomias” dos estados.

Ao Diário do Nordeste, General Theophilo disse que ficou feliz com o convite para, no futuro governo federal, “integrar a equipe de um homem sério, uma referência nacional”. “Tenho experiência muito grande não só no Brasil, como no exterior. Tenho muito a contribuir com todo o País no que se refere à Segurança Pública”, completou.

O militar nasceu no Rio de Janeiro, mas se reconhece cearense, por ter crescido no Estado e ter raízes familiares. Pretende implementar o que defendia durante a campanha eleitoral e transformar o Brasil em uma “ilha de segurança”, protegendo as fronteiras. Theophilo revelou que conversou ontem com o governador Camilo Santana e agendou uma reunião no ano que vem. “Vou recebê-lo aqui em Brasília, vou reforçar a segurança do nosso Estado. Isso aí é fundamental para mim”.

Dobradinha

A médica Mayra Pinheiro, ainda filiada ao PSDB, esteve lado a lado com Theophilo durante a campanha eleitoral. Agora, será colega no governo. Ela foi convidada pelo futuro ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), para assumir a Secretaria da Gestão do Trabalho e da Educação da Saúde (SGTES). “Fiquei surpresa com o convite. Quando cheguei (em Brasília), ele foi bem objetivo, queria que eu assumisse a secretaria. Nós já nos conhecíamos. Sei da competência dele, acredito no trabalho, se não acreditasse não assumiria”, disse.

Mais Saúde

A pediatra, que já presidiu o Sindicato dos Médicos do Ceará e se posicionou contra a vinda de médicos cubanos ao Brasil, pretende alterar o nome do programa “Mais Médicos” para “Mais Saúde”, complementando os atendimentos com outros profissionais. Mayra Pinheiro acredita que a indicação foi técnica, não política, assim como aconteceu com General Theophilo, e revelou que não pretende sair do partido, como fez o militar.

O terceiro nome que pode desembarcar em Brasília é o do deputado federal Danilo Forte (PSDB), que afirmou à reportagem ter sido convidado publicamente por Onyx Lorenzoni, em reunião da bancada do PSDB com o futuro ministro. Segundo ele, o cargo que pode assumir deve fazer “uma interlocução e integração do Nordeste com o Governo”. O tucano reconheceu que é um convite difícil de ser recusado, mas ponderou que ainda está avaliando a proposta.

Técnicos

Até o momento, os outros quadros do Ceará no futuro Governo são Mansueto Almeida, que seguirá na Secretaria do Tesouro Nacional, e Tarcísio Gomes de Freitas, indicado ao Ministério da Infraestrutura. 

Há, ainda, como adiantou o Diário do Nordeste, dois nomes cearenses em atuação na equipe de transição, que devem seguir no Governo: Luciano de Castro, especialista em Energia, e Waldery Rodrigues Júnior, consultor de Políticas Econômicas do Senado. Eles têm a chancela do futuro ministro de Economia e braço direito do presidente eleito pelo PSL, Paulo Guedes.

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