Paulo Cesar Norões: Roberto Cláudio faz quadra

Escrito por Redação ,

A vitória da Chapa encabeçada por Antônio Henrique (PDT), indicado por Roberto Cláudio e a bancada do partido à presidência da Câmara de Fortaleza, encerra de vez uma tradição na historia recente do parlamento municipal, que era de disputas acirradas e, não muito raro, de derrotas dos candidatos apoiados pelo Executivo municipal. 

Quem não lembra das disputas duras e apertadas nos tempos dos ex-prefeitos Juraci Magalhães e Luizianne Lins? Os dois, inclusive, sofreram derrotas que trouxeram desgastes às suas gestões.

Essa é a quarta eleição do período RC. A primeira, com Walter Cavalcante, teve uma chapa simbólica de oposição, mas já não existiu disputa concreta, pois toda a base e uma parte da pequena oposição se uniram pelo candidato. As outras duas, com Salmito Filho, foram de consenso. E essa quarta, com Antônio Henrique, também seguiu a mesma tradição.

Conciliador

O estilo conciliador e agregador de Roberto Cláudio ajudou a construir esse resultado e consolidar uma tradição que se assemelha a da Assembleia Legislativa. RC aposta no diálogo e harmonia dos poderes. Diz que quem sai ganhando é o povo com o respeito e proximidade institucional entre executivo e legislativo.

Assembleia

Passada a eleição na Câmara, a vez agora é da Assembleia. Ontem, o governador Camilo Santana, juntamente com o presidente da AL, Zezinho Albuquerque, recebeu cinco parlamentares no Abolição. A exemplo do processo municipal, Camilo quer conversar com toda a base governista até anunciar o sucessor de Zezinho, que, aliás, pode ser ele mesmo. Fala-se em candidatura de consenso, mas deverá valer mesmo os interesses do governo. Afinal, a sucessão também está embutida nos arranjos para acomodar a base no novo mandato, tanto no executivo quanto no legislativo.

Silêncio total

Nenhum dos atuais secretários do governo Camilo recebeu convite para permanecer na nova equipe. O que não quer dizer, claro, que alguns não estarão presentes na nova formação. É que o governador, além de oxigenar o secretariado com algumas novidades, ainda vai decidir pela extinção ou fusão de algumas secretarias. 

Da terra

Tem DNA cearense o futuro ministro das Minas e Energia de Bolsonaro, almirante Bento Lima Leite de Albuquerque Junior. O pai dele, do mesmo nome, foi secretário de Justiça do governo Flávio Marcílio e o avô era o desembargador Leite Albuquerque, que dá nome a uma rua da Aldeota.

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