Paulo Cesar Norões: A polêmica liberação de bebidas em estádios

Escrito por Redação ,

Debaixo de muita polêmica e protestos de parlamentares, o presidente Zezinho Albuquerque decidiu que não vai pautar a votação do projeto do deputado Gony Arruda, que libera a venda de cerveja nos estádios do Ceará. Usou, como argumento, a recomendação do Ministério Público, que argui inconstitucionalidade da matéria, posto que existe lei federal que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas nesses locais. Outro motivo seria, talvez, o receio de Zezinho de parecer um contrassenso à campanha de combate às drogas, que a própria Assembleia desenvolve há mais de dois anos, por iniciativa de seu presidente. A estrela da campanha, o ex-jogador Casagrande, faz palestras para a juventude alertando sobre os malefícios do vício em substâncias entorpecentes, incluido o álcool. Por outro lado, Gony Arruda, autor da proposta, estranha a alegação de inconstitucionalidade do seu projeto. Afinal, lembra ele, a própria Procuradoria da Assembleia, através de sua consultoria técnico-jurídica, deu parecer favorável. Além disso, leis similares foram aprovadas em outros estados, onde a cerveja, que tem baixo teor alcoólico, já é consumida pelos torcedores. 

No Planalto

Já repararam? Praticamente toda a chapa oposicionista nas últimas eleições no Ceará está se transferindo para Brasília. General Theóphilo, que foi candidato a governador, foi convidado por Sergio Moro e vai ser o secretário nacional de Segurança Pública. O anúncio foi feito, ontem, pelo futuro ministro Sergio Moro, mas as negociações já se arrastavam há uma semana, quando o General recebeu uma ligação do presidente eleito Jair Bolsonaro. Os dois são velhos conhecidos, estudaram juntos no Exército. Theóphilo levará para o plano federal o que pregou na campanha ao governo. Uma política de segurança baseada em três pilares: integração das forças estaduais e federais; fiscalização intensa de portos, aeroportos e fronteiras marítimas; e tecnologia e inteligência integrada com a inteligência dos países produtores de drogas. Ao anunciá-lo, Moro fez questão de negar relação política na escolha, lembrado que o General se desligou do PSDB. Mas, há quem garanta que há sinais de aproximação aí.

Amizade

Quem também vai integrar o governo Bolsonaro é a médica Mayra Pinheiro, que foi candidata ao Senado pelo PSDB. A indicação foi do próprio futuro ministro da Saúde, Henrique Mandetta, que é seu amigo particular. Ao contrário do General, Mayra segue no PSDB. 

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